Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 531

Falar sobre o “direito de Israel de se defender” representa uma distorção flagrante da realidade. Uma entidade de ocupação não tem direito de defender sua permanência. Pelo contrário, é, por definição, o agressor.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 531
As IDF publicaram um mapa do campo de refugiados de Jenin, no qual cada ponto vermelho representa uma casa que será demolida. 

Hamas: Resposta ao Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA

Em resposta às declarações tendenciosas do Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, que equiparam o opressor à vítima e adotam totalmente a narrativa da ocupação, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) afirmou o seguinte.

Falar sobre o “direito de Israel de se defender” representa uma distorção flagrante da realidade. Um ocupante não tem direito de defender sua ocupação; pelo contrário, ele é, por definição, o agressor. 

O Hamas denuncia a contínua agressão sionista contra o povo palestino, que perdura há décadas, e os crimes genocidas em Gaza, que deveriam ser condenados e responsabilizados, e não justificados e apoiados.

A alegação de que “o Hamas escolheu a guerra em vez de libertar reféns” é uma distorção dos fatos. O movimento apresentou propostas claras para um cessar-fogo e um acordo abrangente de troca de prisioneiros. No entanto, foi a ocupação, liderada por Netanyahu, que rejeitou essas iniciativas e as sabotou intencionalmente para atender a seus interesses políticos, conforme reconhecido por líderes dos próprios serviços de segurança israelenses.

A noção de que a extensão do cessar-fogo dependeria da libertação de todos os cativos ignora deliberadamente o fato de que a ocupação nunca teve a séria intenção de cumprir os termos da trégua, descumpriu todas as suas condições e manteve suas políticas de assassinato, fome e cerco. Com isso, inviabilizou os entendimentos e destruiu qualquer possibilidade de prolongamento da trégua.

O Hamas considera que as declarações americanas expõem, mais uma vez, a total parceria dos Estados Unidos na agressão contra o povo palestino e sua cumplicidade com a ocupação na prática de crimes de genocídio, fome e cerco contra mais de dois milhões de palestinos em Gaza, incluindo milhares de crianças, mulheres e civis inocentes.

Reafirma, também, que a resistência palestina exerce seu direito legítimo de defender o povo, a terra e os locais sagrados contra a ocupação e a agressão. Em sua visão, as tentativas de distorcer a realidade não eximirão a ocupação de seus crimes nem fornecerão a Washington qualquer justificativa moral para suas políticas tendenciosas. 

Por fim, o movimento enfatizou que essas tentativas de manipulação da realidade fracassarão e que a história registrará aqueles que defenderam a justiça e aqueles que se aliaram ao assassinato.

Comunicado do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde condena veementemente o crime hediondo cometido pela ocupação ao demolir o Hospital de Amizade Turco, o único hospital especializado no tratamento de pacientes com câncer na Faixa de Gaza, após tê-lo utilizado como base para suas forças durante toda a área ocupada que é conhecida como a região de Netzarim. O Ministério reafirma que esse ato criminoso faz parte da destruição sistemática do sistema de saúde e da continuidade do genocídio.