Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 527
As ameaças do governo Netanyahu e da administração Trump de retomar a agressão na Faixa de Gaza não assustam o povo palestino nem sua resistência, que estão prontos para enfrentar e responder aos ataques.

FPLP: ‘EUA sempre tiveram parte na opressão dos palestinos’
O responsável pela comunicação da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) no Líbano, Ahmed Murad, afirmou em entrevista à Sputnik que o cerco sufocante imposto por Israel, a guerra da fome e a agressão contínua contra o povo palestino na Faixa de Gaza demonstram que a ocupação, com o respaldo da administração Trump, continua implementando seu plano de guerra de extermínio e limpeza étnica.
Murad enfatizou que as administrações americanas nunca foram mediadoras imparciais, sempre se posicionando como inimigas do povo palestino e de sua causa justa, apoiando a agressividade e o racismo sionista.
Ele acrescentou que a resistência palestina, cuja determinação a ocupação não conseguiu quebrar, lidou com todas as iniciativas com extrema flexibilidade e positividade, demonstrando seu compromisso em proteger as vidas palestinas e pôr fim ao extermínio.
Murad afirmou ainda que a resistência e a resiliência do povo palestino, enraizado em sua terra, forçaram o inimigo a aceitar um cessar-fogo. Ele destacou que a resistência palestina segue comprometida com todos os termos do acordo, enquanto Israel continua a violá-lo, recorrendo a manobras e imposição de novas condições para fugir de seus compromissos.
Ele explicou que a ocupação, com apoio da administração Trump, busca recuperar seus prisioneiros das mãos da resistência para então retomar a agressão, a guerra de extermínio e a execução de planos de deslocamento forçado. Murad alertou que os mediadores devem assumir suas responsabilidades e pressionar Israel e seus aliados para cumprir todas as cláusulas do acordo dentro de um cronograma definido.
Murad ressaltou que as ameaças do governo Netanyahu e da administração Trump de retomar a agressão não assustam o povo palestino nem sua resistência, que estão prontos para enfrentar e responder aos ataques.
Nesse contexto, ele afirmou que todas as iniciativas, propostas e soluções fracassarão completamente se não garantirem a recuperação de todos os direitos nacionais legítimos do povo palestino.
Ele reforçou que a resistência é um dever sagrado e um direito legítimo enquanto a ocupação continuar sobre qualquer parte da Palestina. Além disso, destacou que o povo palestino está defendendo não apenas seu futuro, mas também o dos povos árabes, contra as conspirações sionistas-americanas para redesenhar o mapa geopolítico da região de acordo com interesses contrários às aspirações de seus habitantes.
Ao encerrar sua declaração, Murad disse que vê com bons olhos as resoluções da recente cúpula árabe no Cairo sobre a causa palestina, mas ressaltou que elas não terão valor se não forem acompanhadas de ações concretas para enfrentar a agressão e o expansionismo sionista-americano. Ele destacou a necessidade de oferecer todas as formas de apoio ao povo palestino e à sua resistência, garantindo sua resiliência e permanência em sua terra. Por fim, afirmou que o dever de todos é proteger os direitos históricos e legítimos do povo palestino, fortalecendo a unidade nacional e mobilizando todos os esforços na luta contra a ocupação.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 5 mártires e 9 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 48.577 e 112.041 feridos desde o 7 de outubro.