Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 521

O povo palestino enfrentou bombardeios massivos e sanções brutais, mas a resistência não foi quebrada. As conspirações políticas, sectárias e econômicas do inimigo não conseguirão destruir a determinação do povo.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 521

FPLP: Discursos da resistência no Dia do Mártir

A Frente Popular no Líbano comemora o Dia do Mártir da Frente com a colocação de uma coroa de flores no túmulo do líder dos mártires da resistência, Sayyed Hassan Nasrallah.

Em honra e tributo aos mártires e ao espírito do líder dos mártires da nação, o secretário-geral do Hezbollah, Sua Eminência Sayyed Hassan Nasrallah, e por ocasião do Dia do Mártir da Frente – que coincide com o dia 9 de março, aniversário do martírio do membro do Bureau Político da Frente Popular para a Libertação da Palestina, companheiro comandante Mohammed Mahmoud Al-Aswad (‘Guevara de Gaza’) e de seus companheiros Al-Hayek e Al-Amassi – a Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) no Líbano celebrou a data colocando uma coroa de flores no túmulo de Sayyed Nasrallah, na antiga estrada do aeroporto em Beirute, nesta terça-feira, 11 de março de 2025. 

O evento contou com a presença de membros do Bureau Político, dos Comitês Central Geral e Subcentral, da liderança da Frente no Líbano, além de muitos companheiros e apoiadores da Frente Popular, vindos dos campos de refugiados e assentamentos palestinos no Líbano. Também participaram facções da resistência, comitês populares palestinos, partidos e forças nacionais e islâmicas libanesas, bem como figuras públicas e personalidades de destaque do Líbano e da Palestina. 

A cerimônia teve início em frente ao memorial do grande líder mártir Qassem Soleimani, de onde partiu uma marcha massiva liderada por portadores de coroas de flores, bandeiras palestinas e estandartes da Frente Popular, além de imagens de Sayyed Nasrallah e dos mártires da Frente. 

O evento foi introduzido pelo responsável pelo Departamento de Mídia da Frente Popular no Líbano, Fathi Abu Ali, que deu as boas-vindas aos presentes e falou sobre a importância da ocasião. 

O discurso do Hezbollah foi proferido pelo Sheikh Atallah Hammoud, assistente do responsável pela Unidade de Relações Palestinas do Hezbollah, que declarou: 

“Sayyed Hassan Nasrallah não foi apenas o secretário-geral do Hezbollah e o comandante da resistência islâmica no Líbano… Sua personalidade e posições transcenderam o tempo e o espaço, tornando-se um símbolo da resistência em toda a região. A Palestina foi o foco central de seus esforços e sacrifícios. Ele defendeu a verdade com palavras e ações, fazendo com que a resistência ultrapassasse fronteiras – do Líbano à Síria, ao Iraque, ao Iêmen e, antes e depois, à Palestina. Ele ofereceu o sacrifício mais sagrado ao se tornar mártir no caminho para Jerusalém.” 

Hammoud enfatizou que Sayyed Nasrallah conseguiu unir de forma prática e realista as correntes islâmicas de resistência às correntes nacionalistas árabes e de esquerda. Para todos os árabes livres e honrados, ele foi um símbolo da luta. Ele destacou que a Frente de Resistência segue firme e determinada diante de seus inimigos, como Sayyed planejou e desejou, razão pela qual recebeu, com mérito, o título de Líder dos Mártires da Nação – toda a Nação. 

O representante do Hezbollah também saudou a Frente Popular e sua liderança, bem como os presentes no túmulo do mártir Sayyed Hassan Nasrallah, a quem descreveu como um “amante e mártir da Palestina”. Ele reafirmou o compromisso do Hezbollah com a causa palestina e sua resistência, enfatizando que o partido jamais recuará no apoio à Palestina, independentemente das pressões ou ameaças. 

Ele ainda enviou uma saudação especial à resistência na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém, além dos aliados no Iraque e Iêmen, honrando os mártires, feridos e prisioneiros que sacrificaram suas vidas pela causa. 

Hammoud ressaltou que o povo palestino e libanês demonstrou uma resistência heroica e inabalável diante da agressão sionista, sacrificando mártires pelo caminho da libertação de Jerusalém. Ele enfatizou que a resistência continuará a apoiá-los até a vitória final. 

O discurso da Frente foi feito por Marwan Abdel Aal, membro do Bureau Político da organização, que declarou: 

“Quão grandioso é este dia, quando o mártir é tão sublime e nobre como o mártir da Palestina, o Líder dos Mártires da Resistência. Escolhemos o dia 9 de março como o Dia do Mártir da Frente em homenagem ao comandante Guevara Gaza, Mohammed Al-Aswad, e seus companheiros, reconhecendo sua experiência heroica na resistência, que humilhou o inimigo sionista na Faixa de Gaza. Este dia se tornou um símbolo imortal de coragem, sacrifício e luta.” 

Abdel Aal enfatizou que a Palestina inteira veio prestar homenagem a Sayyed Hassan Nasrallah, representada por seus mártires: Guevara de Gaza, Al-Hayek, George Habash, Abu Ali Mustafa, Wadie Haddad, Ghassan Kanafani, Abu Ahmad Fouad, Nidal Abdel Aal, Imad Odeh, Suleiman, Yousef e muitos outros. 

Ele destacou que o compromisso com a resistência continua e os desafios do futuro exigem firmeza e unidade, apontando três desafios centrais: 

1. Vitória da Vontade: O povo palestino enfrentou bombardeios massivos e sanções brutais, mas a resistência não foi quebrada. As conspirações políticas, sectárias e econômicas do inimigo não conseguirão destruir a determinação do povo. 

2. Continuidade da Resistência: Enquanto houver ocupação da terra palestina, haverá resistência. A resistência não pode ser eliminada sem a remoção da ocupação, e os ataques sionistas visam consolidar a presença do inimigo na Cisjordânia e além. O único dia “seguinte” aceitável será um dia de libertação e soberania palestina. 

3. Unidade e Construção Nacional: A resistência também ocorre no campo político, e a reconstrução da unidade nacional palestina é essencial. A resistência deve reorganizar suas fileiras, aprimorar suas capacidades e manter Jerusalém como bússola inegociável. 

Por fim, Abdel Aal exaltou os mártires, prisioneiros e feridos da Palestina e do Líbano, afirmando que suas almas representam a certeza da vitória final. Ele concluiu: 

“Descansem em paz, mártires, heróis, prisioneiros e feridos. Suas almas nobres, princípios sólidos e luta gloriosa jamais serão esquecidos. Que a memória de vocês viva para sempre!”.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 36 mártires e 14 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 48.503 e 111.927 feridos desde o 7 de outubro.