Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 503
Abu Safiya perdeu o filho para as forças de ocupação. Ferido por estilhaços em um ataque, viu o Hospital Kamal Adwan ser destruído e incendiado após a evacuação forçada de médicos e pacientes, muitos martirizados.
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Dr. Hussan Abu Safiya continua preso
Hoje, a ocupação publicou imagens do Dr. Hussam Abu Safiya algemado na prisão. Ele foi preso em 28 de dezembro de 2024, após forças de ocupação invadirem o Hospital Kamal Adwan. Durante a operação, foi severamente espancado e usado como escudo humano.
Abu Safiya perdeu seu filho, que foi martirizado devido a disparos das forças de ocupação durante o cerco ao hospital. Ele também foi ferido por estilhaços de um projétil quando soldados atacaram o local, que posteriormente foi destruído e incendiado após a evacuação forçada de toda a equipe médica e dos pacientes, alguns dos quais foram martirizados. Após sua prisão, ele ficou confinado em solitária por 24 dias.
Segundo seu advogado, do Centro Al-Mezan para os Direitos Humanos, Abu Safiya está sofrendo graves complicações de saúde devido à tortura que enfrentou nas prisões da ocupação. Antes de ser transferido, ele já havia sido submetido a métodos brutais e desumanos, sem qualquer respeito por seu status de médico. A acusação contra ele é de ter continuado trabalhando no Hospital Kamal Adwan, apesar das ameaças do exército de ocupação, além de atuar no governo de Gaza, afiliado ao Hamas. No entanto, essas acusações não o classificam como um “combatente ilegal” e, portanto, não o privam de seus direitos como prisioneiro sob a Quarta Convenção de Genebra.
O chefe do Comando Sul do exército de ocupação determinou sua detenção por 45 dias, até que um tribunal “israelense” confirme a ordem de prisão. Caso a designação de “combatente ilegal” seja mantida, Abu Safiya será condenado a seis meses de prisão efetiva, com possibilidade de renovação. Esse status é semelhante à detenção administrativa, pois pode ser prorrogado indefinidamente. No entanto, há uma diferença fundamental: enquanto a detenção administrativa termina quando a ocupação considera que o prisioneiro “não representa mais uma ameaça”, a classificação como “combatente ilegal” permite que a detenção se estenda por tempo indeterminado.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 22 mártires e 16 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 48.319 e 111.749 feridos desde o 7 de outubro.