Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 494
Quando o enfermeiro Nasser Abu Hmeid foi martirizado e centenas de detidos palestinos foram libertados com sequelas permanentes, física e psicologicamente destruídos por anos de tortura e abusos, não houve condenação internacional.
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Secretaria de Mídia dos Prisioneiros denuncia silêncio internacional
Enquanto a ocupação israelense continua cometendo crimes contra os prisioneiros palestinos, os padrões duplos do mundo em relação ao seu sofrimento são mais uma vez expostos. Quando o prisioneiro Nasser Abu Hmeid e dezenas de outros foram martirizados devido à negligência médica deliberada, o mundo permaneceu em silêncio. Nenhuma condenação foi emitida, nenhuma exigência de responsabilização foi feita. Quando centenas de detidos palestinos foram libertados das prisões da ocupação com sequelas permanentes, física e psicologicamente destruídos por anos de tortura e abusos, não houve alerta internacional nem condenação por parte das organizações de direitos humanos.
No entanto, hoje, de repente, o mundo quebra seu silêncio porque três cativos inimigos sob custódia da resistência perderam alguns quilos devido ao cerco imposto por Israel a Gaza. Parece que a humanidade agora é definida pela identidade da vítima. O sofrimento só é reconhecido quando afeta um determinado lado. Onde estava essa comoção global quando as prisões israelenses se tornaram verdadeiros abatedouros? Onde estava essa mobilização internacional quando prisioneiros palestinos saíram da detenção como meras sombras de si mesmos, após serem privados de comida, remédios e seus direitos humanos mais básicos?
Nós, da Secretaria de Mídia dos Prisioneiros, enfatizamos que essa hipocrisia internacional e o descaso em relação aos crimes da ocupação apenas lhe concedem carta branca para continuar com suas violações contra nossos prisioneiros e nosso povo. Advertimos que o silêncio contínuo diante desses crimes levará a uma opressão ainda maior. Os direitos dos prisioneiros palestinos não são uma questão marginal, e seu sofrimento não será apagado pelo silêncio das instituições internacionais ou pela cumplicidade da comunidade global com o ocupante.
Conclamamos as organizações de direitos humanos e humanitárias a romperem com o ciclo de cumplicidade e viés e a cumprirem suas responsabilidades éticas e legais no enfrentamento desses crimes. Caso contrário, o mundo que alega defender a justiça e os direitos humanos mais uma vez se provará apenas um campo de batalha para interesses políticos, onde matar, oprimir e humilhar são justificados – desde que a vítima seja palestina.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 19 mártires e 15 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 48.208 e 111.655 feridos desde o 7 de outubro.