Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 477

Trump aprovou o envio das bombas letais, apesar de se apresentar como um peacekeeper que deseja acabar com as guerras em Gaza e na Ucrânia. Netanyahu afirmou que recebeu permissão de Trump para retomar o genocídio.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 477
Reprodução: Mandel Ngan / AFP / Getty Images.

Trump autoriza envio de bombas letais à ocupação

A Casa Branca de Trump instruiu o Pentágono a liberar o bloqueio imposto pelo ex-presidente Joe Biden sobre o fornecimento de bombas de 2.000 libras a Israel, conforme relatado pelo jornalista Barak Ravid em 26 de janeiro para o Axios.

Três autoridades israelenses disseram a Ravid que 1.800 bombas MK-84 serão enviadas por navio a Israel nos próximos dias.

O Pentágono notificou o governo israelense sobre a liberação das bombas na sexta-feira, acrescentou uma autoridade israelense.

“Muitas coisas que foram encomendadas e pagas por Israel, mas não foram enviadas por Biden, agora estão a caminho!” anunciou o presidente Trump em sua plataforma de mídia social, Truth Social, no sábado.

O presidente Biden havia suspendido a entrega de apenas um carregamento de bombas de 2.000 libras em maio do ano passado. Israel tem usado bombas poderosas em muitos de seus massacres mais horríveis contra civis em Gaza, incluindo o ataque que matou mais de 100 pessoas no campo de Jabalia em 31 de outubro de 2023.

Biden ordenou a suspensão enquanto continuava a fornecer a Israel um grande número de bombas menores, porém ainda letais. A medida supostamente desencadeou uma crise entre Tel Aviv e Washington, com o primeiro-ministro da ocupação, Benjamin Netanyahu, criticando publicamente Biden pela decisão. No entanto, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, insistiu que as armas estavam sendo enviadas “normalmente”, exceto por um carregamento atrasado.

A suspensão ocorreu enquanto o presidente Biden enfrentava críticas internas de eleitores progressistas nos EUA por permitir o genocídio de palestinos em Gaza por parte de Israel. Na época, a eleição presidencial estava em andamento. Biden era então um candidato, mas posteriormente desistiu da corrida, permitindo que a vice-presidente Kamala Harris assumisse seu lugar.

Por outro lado, a decisão de Biden também gerou críticas significativas do lobby sionista nos EUA, que é majoritariamente alinhada ao Partido Democrata e apoia o genocídio em Gaza.

Netanyahu e seus apoiadores em Israel e nos EUA usaram a decisão de Biden para alegar falsamente que havia um 'embargo de armas' dos EUA contra Israel.

O presidente Trump aprovou o envio das bombas letais, apesar de se apresentar como um pacificador que deseja acabar com as guerras em Gaza e na Ucrânia.

Netanyahu afirmou que recebeu permissão de Trump para retomar o genocídio em Gaza, em vez de tornar o cessar-fogo permanente.

Em 19 de janeiro, dia em que o cessar-fogo entrou em vigor, Netanyahu declarou: “Tanto o presidente Trump quanto o presidente Biden deram total apoio ao direito de Israel de retomar os combates se Israel concluir que as negociações sobre a Fase B são inúteis. Eu realmente agradeço isso.”

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 14 mártires e 11 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 47.306 e 111.482 feridos desde o 7 de outubro.