Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 473

Pronunciamento do vice-secretário-geral da Frente Popular

Vice secretário-geral da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), Camarada Jamil Mezher: “A justiça é invencível”.

Saudamos as crianças de Gaza, seus idosos e suas mulheres. Também estendemos uma orgulhosa saudação à nossa valente resistência em todos os seus ramos militares, que resistiu por 471 dias, quebrando o orgulho do inimigo e forçando-o a recuar.

A Faixa de Gaza, sitiada por 16 anos, transformou-se em um verdadeiro cemitério para o inimigo, infligindo graves perdas a seus comandantes e soldados, e se tornando um pesadelo que abala a ocupação.

Apesar do apoio ilimitado dos Estados Unidos, o inimigo falhou em alcançar seus objetivos. Seus líderes admitiram a derrota no setor norte, enquanto Gaza hoje tornou-se um ícone estudado em academias militares, não apenas por suas capacidades de combate, mas por sua firmeza e resistência.

A resistência conseguiu manter prisioneiros escondidos por mais de 470 dias, sem que a ocupação pudesse localizá-los. Gaza triunfou não apenas no campo de batalha, mas também na narrativa, provando que a justiça é invencível.

Saudações à nossa resistência na Cisjordânia ocupada, aos heróis de Jenin, Nablus e Tulkarem, que apoiaram Gaza com operações heroicas.

Saudações às frentes de apoio no Líbano, Iêmen, Iraque e Irã, que exauriram o inimigo e ofereceram mártires em defesa da Palestina.

Saudações aos grandes líderes que se ergueram como mártires na épica da Inundação: o Honorável Sayyed da Resistência, Hassan Nasrallah, os líderes Ismail Haniyeh, Yahya Sinwar, Saleh Al-Arouri, o Camarada Nidal Abdul Aal, e um destacado grupo de líderes e combatentes da resistência de nosso povo e nossa nação. Agradecemos a cada gota de sangue derramada por nosso povo e nossa causa justa.

Empreendemos todos os esforços políticos e diplomáticos para deter esta guerra devastadora e trabalhamos com todas as partes árabes, regionais e internacionais. No entanto, a ocupação só entende a linguagem da força, e graças à sua resiliência e firmeza, suas negações e linhas vermelhas foram quebradas.

O chamado “dia seguinte” em Gaza nasceu sob sua lealdade ao seu povo, garantindo que permaneça puramente palestino, livre de quaisquer esquemas sionistas. Será moldado pela vontade de nosso povo.

Trabalharemos com todas as forças de nosso povo para enfrentar os desafios desta fase e os esquemas da ocupação, focando em fortalecer a resiliência de nosso povo, curar suas feridas, priorizar esforços de reconstrução e fomentar a solidariedade e unidade entre nosso povo. Também continuaremos nos esforçando para formular uma estratégia nacional dentro de um verdadeiro quadro de unidade nacional para enfrentar os planos de anexação, deslocamento, colonização e judaização da ocupação. Nossa unidade e coesão são nossas armas mais fortes.

Uma saudação de compromisso e lealdade aos nossos heroicos prisioneiros, ao líder Camarada Ahmed Sa’adat, Marwan Barghouti, Hassan Salameh, Ahed Abu Ghulma, e a todos os prisioneiros e prisioneiras. Dizemos a vocês: sua liberdade está próxima, e o que foi alcançado hoje é um passo em direção à quebra completa de suas correntes. A imagem da entrega de prisioneiros sionistas em troca de centenas de prisioneiros é outro golpe na face da ocupação.

Dizemos ao mundo inteiro: Gaza prosperará e florescerá. Devemos lealdade ao seu povo corajoso e às aspirações de sua juventude, idosos e crianças. A tirania e a agressão cairão, e o povo palestino conquistará sua liberdade, libertará sua terra e construirá seu estado, apesar do inimigo ocupante e seus apoiadores coloniais.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

Os hospitais da Faixa de Gaza registraram 54 mártires (dos quais 53 recuperados dos escombros e 1 que sucumbiu aos ferimentos) e 19 feridos, como resultado da agressão israelense na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 47.161 e 111.166 feridos desde o 7 de outubro.