Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 47

O confisco de colchões e roupas de frio, a negação de necessidades básicas e a falta de tratamento médico agravam o sofrimento dos prisioneiros, colocando em risco a vida de dezenas de prisioneiros doentes.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 47
Gaza amanheceu sob intensos bombardeios aéreos das forças sionistas. Reprodução: FPLP

Os prisioneiros estão passando por um massacre sionista semelhante às atrocidades em Gaza e na Cisjordânia. Desde 7 de outubro, enfrentam graves e contínuas agressões sionistas, diante do silêncio, omissão e negligência internacionais, nomeadamente por parte de instituições como a Cruz Vermelha.

Dentro das prisões da ocupação, uma grave situação se desenrola. Os prisioneiros enfrentam a campanha de repressão e abuso mais brutal da sua história, comandada pelo criminoso de guerra, Itamar Ben-Gvir. Essa campanha levou ao martírio de cinco prisioneiros, com a expansão das políticas de repressão e abuso.

O confisco de colchões e roupas de frio, a negação de necessidades básicas e a falta de tratamento médico agravam o sofrimento dos prisioneiros, colocando em risco a vida de dezenas de prisioneiros doentes. Além disso, a ocupação dificulta a circulação de presos, detém-nos por mais de 40 dias em pavilhões, corta o tempo de pátio, proíbe visitas, invade celas, intensifica o isolamento e aplica medidas punitivas contra as lideranças dos prisioneiros. Isto só pode ser descrito como uma guerra genocida contra prisioneiros, que ocorre ao mesmo tempo da situação do povo em Gaza e na Cisjordânia.

A ocupação sionista atrasa a libertação do camarada Walid Daqqah, um símbolo deste sofrimento contínuo, que cumpre sua sentença enquanto enfrenta uma grave doença crônica. A recusa da ocupação em libertá-lo, apesar de múltiplas petições na justiça, faz parte de uma política deliberada de negligência médica.

A grave piora na saúde do camarada Walid Daqqah indica meses de tortura e abusos sistemáticos. Sua transferência da clínica prisional de Ramla para a prisão de Gilboa, apesar de seu estado grave, é um crime brutal sionista que visa deliberadamente acabar com sua vida.

A Resistência pede às instituições internacionais, especialmente a Cruz Vermelha, que intervenham urgentemente, enviando comitês internacionais para inspecionar as condições nas prisões. Apela que sejam documentados e ao encaminhados estes crimes ao Tribunal Penal Internacional.

A Resistência apela às pessoas em todo o mundo, às instituições internacionais centradas nos prisioneiros e aos comitês de solidariedade a um apoio generalizado contra esses crimes de guerra capitaneados pelo governo sionista e por Ben Gvir.

A Resistência nunca abandonará os seus prisioneiros. O camarada Walid e outros prisioneiros doentes estarão na linha da frente daqueles que eventualmente forem libertados, apesar da ocupação.

OCUPAÇÃO BOMBARDEIA 300 ALVOS EM GAZA, A RESISTÊNCIA TRAVA DURAS BATALHAS

Os militares da ocupação sionista declararam na quinta-feira que lançaram ataques aéreos contra 300 alvos na Faixa de Gaza durante as últimas 24 horas. Enquanto isso, a resistência palestina anunciou que estava envolvida em duros confrontos com as tropas da ocupação nas linhas de frente ao norte da Faixa de Gaza.

O exército de ocupação acrescentou – num comunicado – que “os alvos pertencem ao movimento Hamas e foram atacados pelo ar, incluindo quartéis-generais de comando operacional, túneis de combate subterrâneos, armazéns militares e locais para a indústria de armas e lançamento de mísseis antiblindados”.

O chefe do Estado-Maior militar sionista, Herzi Halevy, disse hoje aos comandantes das tropas da ocupação em Gaza: “Não vamos interromper a guerra, mas continuar até a vitória e avançar”, de acordo com um comunicado do exército.

Além de bombardear Gaza pelo ar, as forças do exército da ocupação também continuaram seu ataque terrestre.

Uma declaração do exército sionista afirmou que as forças terrestres atacaram o que descrevem como “terroristas” e identificaram “locais subterrâneos”.

A ocupação teria intensificado os bombardeios contra moradias habitadas em várias áreas ao norte, centro e sul da Faixa de Gaza, e indicou que o bombardeio deixou dezenas de mártires e feridos.

O exército fascista tinha anunciado o assassinato de um oficial com a patente de “comandante de unidade” da Brigada Golani, e de um soldado, além de ferir outros durante batalhas ao norte de Gaza. Isto eleva para 72 o número total de combatentes mortos desde o início da operação militar terrestre em Gaza.

Em seis semanas, as forças sionistas mataram pelo menos 4.100 palestinos, incluindo 5.600 crianças, e feriram 33.000, além de 219 palestinos mortos na Cisjordânia. O bombardeio devastou a população civil do pequeno enclave, tendo os ataques atingido principalmente residências, hospitais, escolas, universidades, mesquitas e outros locais públicos.

O ataque foi lançado após uma incursão em locais sionistas por grupos armados palestinos em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas.