Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 469

Apesar dos horrores dos bombardeios, do cerco, da destruição e da fome, foi a vontade inquebrantável de seu povo que formou um escudo para proteger a Palestina e sua causa dos perigos de extermínio.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 469

FPLP: A resistência e os mártires de Gaza em defesa da Palestina interromperam a guerra de extermínio e limpeza étnica

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) afirmou que o anúncio do cessar-fogo, após mais de 15 meses de uma guerra de extermínio conduzida pela ocupação contra a Faixa de Gaza, representa a resistência do povo palestino profundamente enraizado na região. Segundo a organização, apesar dos horrores dos bombardeios, do cerco, da destruição e da fome, foi a vontade inquebrantável, o espírito indomável e a fé profunda na santidade da terra e da pátria que formaram um escudo para proteger a Palestina, seu povo e sua causa dos perigos de extermínio e eliminação.

De acordo com a Frente, a resistência lendária de Gaza, mesmo sob cerco, bombardeios, destruição e o derramamento de sangue que resultou na perda de dezenas de milhares de mártires, junto à bravura e coragem dos combatentes, transformou a região em um símbolo global da vontade e da resistência dos povos. Essa pequena área cercada geograficamente, mas grandiosa em heroísmo e sacrifício em defesa da Palestina e da nação árabe, foi responsável por deter a expansão da agressão sionista e a guerra total na região.

A organização destacou que Gaza demonstrou ser uma fortaleza de resistência nacional palestina, capaz de frustrar todos os planos criminosos da ocupação, que visam apagar a existência do povo palestino, deslocá-lo e expulsá-lo. Ainda segundo a Frente, o povo de Gaza impediu o plano de tutela internacional que a ocupação tentou impor como parte de seus objetivos de guerra. A entidade também apontou que o inimigo falhou em recuperar seus prisioneiros, usados como pretexto para justificar sua brutal agressão, apesar dos massacres e crimes cometidos.

A Frente Popular sublinhou que o sucesso da resistência em manter a vontade de lutar e infligir perdas diárias ao ocupante, mesmo diante da intensidade da agressão, só foi possível graças à grande lealdade do povo palestino, que sacrificou o que tem de mais precioso. Além disso, a organização reconheceu a importância das frentes de apoio no Líbano, Iêmen, Iraque e Irã, que desempenharam papéis relevantes ao desgastar o inimigo, oferecendo sacrifícios substanciais em nível de lideranças, combatentes, povos e recursos para deter a agressão contra Gaza.

A nota divulgada responsabilizou diretamente o governo dos Estados Unidos, liderado por Joe Biden, pela guerra, considerando-o um parceiro político e militar no genocídio cometido contra o povo palestino, por meio do financiamento e apoio internacional à ocupação. A Frente também criticou o silêncio internacional e a cumplicidade de algumas forças regionais, que teriam servido como cobertura para a continuidade dos crimes do ocupante.

A organização pediu que instituições de direitos humanos e organizações internacionais reconsiderem seu papel diante dos crimes cometidos, destacando que a continuidade da guerra de extermínio contra Gaza só foi possível devido à grande cumplicidade internacional. A Frente também agradeceu as vozes livres que apoiaram o povo palestino e condenaram a agressão, valorizando os esforços feitos, especialmente por países árabes, para interromper o genocídio. Além disso, reforçou o apelo por maior solidariedade e apoio à causa palestina e à resistência legítima.

A FPLP reiterou a necessidade de alcançar uma unidade nacional verdadeira, superando divisões internas, com o objetivo de fortalecer a resistência de Gaza e disponibilizar todos os recursos necessários para a reconstrução e o alívio do sofrimento da população. Segundo a nota, isso é fundamental para a defesa da existência nacional palestina como um todo e para garantir os direitos do povo.

Por fim, a organização destacou que, embora o cessar-fogo tenha sido alcançado, a agressão não terminou e continua de outras formas, com objetivos de extermínio, deslocamento e colonização na Cisjordânia, além de ameaçar toda a região. A Frente enfatizou que a continuidade da resistência e o alívio do sofrimento em Gaza dependem de esforços coletivos. Em seu encerramento, a organização prestou homenagem aos mártires palestinos, aos prisioneiros que representam o espírito de desafio e às massas do povo palestino, especialmente à resistência crescente na Cisjordânia ocupada.

Comunicado do Ministério da Saúde

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

A ocupação israelense cometeu 3 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 23 mártires e 83 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 46.899 e 110.725 feridos desde o 7 de outubro.