Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 461

Exército libanês enfrenta ataques na fronteira com a Síria

As Forças Armadas Libanesas (LAF) anunciaram em um comunicado em 3 de janeiro que seus soldados entraram em confronto com elementos armados sírios na fronteira norte do Líbano com a Síria, após os combatentes tentarem abrir à força uma passagem com uma escavadeira.

“Enquanto uma unidade do exército trabalhava para fechar uma passagem ilegal na fronteira libanesa-síria na área de Maarboun-Baalbek, sírios tentaram abrir a passagem usando uma escavadeira. Os soldados do exército dispararam tiros de advertência no ar, e os sírios abriram fogo”, disseram as LAF.

Um soldado libanês foi ferido no confronto, acrescentaram. “As unidades do exército destacadas no setor tomaram medidas militares rigorosas, e o acompanhamento necessário está sendo realizado sobre o incidente.”

Horas depois, na sexta-feira, o exército libanês anunciou novos confrontos com militantes na fronteira com a Síria após outro ataque às tropas das LAF, que resultou no ferimento de quatro soldados.

Os ataques coincidiram com relatos de que as autoridades sírias restringiram a entrada de cidadãos libaneses na Síria pela fronteira. No entanto, algumas exceções foram feitas, segundo a Reuters.

Confrontos semelhantes ocorreram no mês passado entre o exército libanês e grupos armados liderados por Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que assumiram o controle da Síria após o colapso do governo do ex-presidente Bashar al-Assad em 8 de dezembro.

O HTS foi anteriormente conhecido pelos nomes Jabhat Fateh al-Sham, Jaish al-Fatah e Frente Nusra – que era o braço oficial da Al-Qaeda na Síria.

Foi responsável por atentados suicidas no Líbano e pelo sequestro e assassinato de muitos soldados libaneses entre 2014 e 2017 – o auge da campanha do Hezbollah contra grupos extremistas dentro da Síria e seus esforços conjuntos com as LAF para repelir combatentes da Frente Nusra e do ISIS que haviam tomado o controle de grandes áreas nos ermos de Ras Baalbek e Arsal, no norte.

O novo governo de fato do HTS não conseguiu impedir ataques sectários contra cristãos e alauítas por suas forças e introduziu reformas controversas e extremistas no sistema educacional da Síria. Enquanto isso, tropas israelenses continuam atacando a Síria e expandindo sua presença militar no sul, onde assumiram o controle de fontes de água chave e pontos estratégicos.

O ataque na fronteira norte libanesa ocorreu enquanto as forças israelenses continuam avançando no sul do Líbano e violam o cessar-fogo anunciado em 27 de novembro – no mesmo dia em que forças lideradas pelo HTS começaram sua ofensiva que resultou na queda do governo de Assad.

O período de cessar-fogo de 60 dias, no qual as LAF deveriam implementar a Resolução 1701 da ONU, está previsto para terminar no final deste mês, mas acredita-se que Israel esteja se preparando para uma estadia de longo prazo no sul do Líbano.

O exército israelense emitiu avisos a civis libaneses em várias cidades do sul em 3 de janeiro, ordenando que não se movimentassem além de um determinado ponto até novo aviso.

Eles também incendiaram casas na cidade de Houla, no sul, e avançaram de Kfar Kila em direção a Burj al-Muluk, onde instalaram fios de metal e barreiras para bloquear a estrada.

Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista em andamento na Faixa de Gaza:

A ocupação cometeu 3 novos massacres contra famílias na Faixa de Gaza, resultando em 70 mártires e 104 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O saldo da agressão israelense subiu para 46.006 mártires e 109.378 feridos desde o dia 7 de outubro.