Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 451
A incursão e cerco das forças de ocupação ao Hospital Kamal Adwan foi descrita como uma das maiores operações terroristas de prisão individual em Gaza desde o início desta guerra genocida.
Operação em Hospital faz maior número de presos palestinos em todo o conflito
Após a incursão militar israelense no Hospital Kamal Adwan, que as Forças de Defesa de Israel (IDF) acusam de ser uma “base terrorista” para operativos do Hamas, fontes do exército indicam que as operações em Jabalia, no norte de Gaza, estão próximas de ser concluídas.
O hospital foi descrito pelas IDF como “o último bastião do Hamas em Jabalia”. Segundo a ocupação, operativos de guerra retornaram ao hospital após a última operação israelense no local, realizada no final de outubro.
Sob essa premissa, as IDF têm operado na região de Jabalia desde o início de outubro, cometendo execuções sumárias, bombardeios e prisões a palestinos deslocados, doentes, feridos, grávidas, recém-nascidos e trabalhadores da saúde.
Nas últimas semanas, as IDF intensificaram as operações em áreas próximas ao Hospital Kamal Adwan, como parte dos esforços para abrir caminho para a incursão no fim de semana.
A Brigada Blindada 401 das IDF cercou o hospital a partir de duas direções na manhã de sexta-feira, completando o cerco em uma hora. Ao mesmo tempo, foi alegado que “duas células do Hamas tentaram fugir do hospital” para justificar os palestinos mortos em ataques diretos de drones ao hospital.
Das 940 pessoas que conseguiram passar por um posto de controle militar fora do hospital, 240 foram detidas por alegação de serem membros de grupos terroristas, segundo as IDF.
Para justificar as mortes de equipes médicas inteiras e sabotagem de equipamentos vitais de suporte à vida, as IDF alegaram que combatentes se disfarçaram de funcionários médicos e pacientes, tentando sair em macas e ambulâncias. No primeiro grupo de 21 pacientes que deixou o hospital, 13 foram identificados como “operativos terroristas”.
O próprio diretor do hospital, Hussam Abu Safiya, também foi detido. As IDF dizem que ele é um operativo do Hamas.
A incursão e cerco das forças de ocupação ao Hospital Kamal Adwan foi descrita como uma das maiores operações terroristas sionistas de prisão individual em Gaza desde o início desta guerra genocida.
A unidade de comando Shayetet 13 da Marinha adentrou o hospital, supostamente para confiscar armas, granadas, pistolas, munições e outros equipamentos militares. Entretanto, as IDF reconhecem que poucas armas foram encontradas no hospital.
No total, as IDF reconhecem ter matado apenas 19 palestinos durante os combates ao redor do hospital. A essa altura, cerca de 50 palestinos foram confirmados como mortos.
Comunicado do Ministério da Saúde
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
A ocupação israelense cometeu 3 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 27 mártires e 149 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 45.541 e 108.338 feridos desde o 7 de outubro.