Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 444
As Forças Armadas do Iêmen continuarão suas operações contra o inimigo em apoio à resistência palestina e em resposta aos apelos do querido povo iemenita e dos filhos da nação árabe e islâmica.
Censura à Al-Jazeera evidencia crise na Cisjordânia
O Fatah anunciou nesta segunda-feira que está impedindo a emissora Al Jazeera, do Qatar, de operar na Cisjordânia, acusando-a de incitar contra a Autoridade Palestina (AP) devido à sua cobertura da repressão à resistência na cidade ocupada de Jenin, Cisjordânia.
“A todos os funcionários da Al Jazeera que trabalham em territórios palestinos, esperamos que reflitam sobre suas ações e renunciem a este canal tendencioso que destruiu e continua a destruir o mundo árabe”, disse o Fatah.
“A Al Jazeera inunda a mídia com mentiras, especialmente na Palestina, alinhando-se com um grupo de mercenários hostis no campo de Jenin e tentando apresentá-los como heróis que resistem à ocupação”, acrescentou.
As forças de segurança da Autoridade Palestina na cidade ocupada de Nablus, na Cisjordânia, convocaram o fotojornalista Wahhaj Bani Muflih, após ele cobrir a ‘operação militar’ realizada pelas forças de segurança da AP no campo de Jenin durante cerca de 20 dias.
Nos últimos anos, Israel intensificou a anexação de terras na Cisjordânia ocupada, ao mesmo tempo em que minava as conexões entre as forças de segurança da Autoridade Palestina e grupos de resistência locais. Isso criou um ambiente em que a AP, sob a liderança do presidente Mahmoud Abbas, ordenou uma série de operações de repressão armada contra grupos de resistência, como as Brigadas de Jenin. A operação, conduzida por forças treinadas pelos EUA, gerou divisões dentro da própria liderança da AP, com muitos oficiais vendo-a como uma estratégia arquitetada pelos EUA e por Israel.
Durante a operação, forças da AP cercaram o campo de refugiados de Jenin, cortando água, eletricidade e impondo um toque de recolher que deixou moradores sem acesso a alimentos e serviços básicos. A operação resultou em várias baixas civis, incluindo a morte de Rebhi Shalabi, um adolescente, e de Yazid Ja’ayseh, um comandante das Brigadas de Jenin. A ONU acusou a AP de utilizar partes do Hospital Governamental de Jenin para fins militares, o que aumentou as críticas internacionais.
Essa repressão ocorreu em meio à implementação do controverso “Plano Fenzel”, proposto pelos EUA em 2023, que buscava usar forças treinadas por americanos e canadenses para neutralizar grupos de resistência na Cisjordânia. Líderes palestinos, como Mahmoud Mardawi, do Hamas, condenaram as ações da AP, argumentando que elas alinhavam a liderança palestina à narrativa israelense de deslegitimar a resistência.
A crise expôs um dilema existencial para a AP: sua busca por controle e apoio internacional a colocou em oposição direta ao crescente movimento de resistência, que é amplamente apoiado pela população na Cisjordânia. Pesquisas recentes mostram que 90% dos palestinos desejam a renúncia de Abbas, refletindo uma profunda insatisfação com a liderança da AP, vista como entreguista e ineficaz.
Ao mesmo tempo, Israel acelerou sua expansão de assentamentos e a violência contra palestinos, enquanto a economia da Cisjordânia deteriora-se. A repressão na Cisjordânia, além de agravar a desconfiança interna, levanta dúvidas sobre a capacidade da AP de sobreviver politicamente em meio à crescente pressão do contexto atual.
Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista em andamento na Faixa de Gaza:
A ocupação cometeu 3 novos massacres contra famílias na Faixa de Gaza, resultando em 21 mártires e 51 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O saldo da agressão israelense subiu para 45.338 mártires e 107.764 feridos desde o dia 7 de outubro.