Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 432

A decisão da Assembleia Geral da ONU pela permanência da UNRWA nos territórios palestinos ocupados é essencial contra as tentativas do inimigo, apoiado pelos EUA e por países ocidentais, de desmantelar a agência.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 432
Refugiados ao leste de Khan Yunis. Reprodução: UNRWA / Ashraf Amra

FPLP: AGNU vota em favor da permanência da UNRWA na Palestina

O Departamento de Assuntos dos Refugiados e Direito de Retorno da Frente Popular acolhe com satisfação a decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas de apoiar o mandato da Agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para os Refugiados Palestinos (UNRWA) nos territórios palestinos ocupados. Essa decisão é essencial frente as tentativas do inimigo sionista, apoiado pelos EUA e por países ocidentais, de desmantelar a agência, que representa um testemunho internacional sobre a tragédia dos refugiados e seu direito ao retorno.

É necessário que essa decisão seja traduzida em um compromisso efetivo por parte dos países doadores para cobrir o arrocho financeiro enfrentado pela agência, garantindo a continuidade de seu papel de assistência e prestação de serviços. Isso é particularmente urgente na Faixa de Gaza, que enfrenta condições humanitárias catastróficas devido à contínua agressão sionista.

Além disso, a administração da UNRWA deve adotar uma postura firme, rejeitando qualquer medida ou decisão imposta pela ocupação que possa prejudicar suas operações, especialmente na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas. É fundamental enfrentar qualquer tentativa de obstruir seus serviços ou minar sua presença.

Proteger a organização internacional e garantir que ela continue desempenhando seu papel de prestação de serviços e defesa do direito dos refugiados ao retorno às suas terras é uma prioridade urgente.

Ataque de drone israelense em Khiam, no Líbano

Pelo menos uma pessoa foi morta e outras duas ficaram feridas quando um drone israelense atingiu a cidade de Khiam, no sul do Líbano, em 12 de dezembro. O ataque ocorreu após Tel Aviv retirar suas forças da área, enquanto o Exército Libanês removia destroços em preparação para a entrada de civis.

O ataque ocorreu um dia após a retirada completa das tropas da ocupação de Khiam. No entanto, forças israelenses ainda estão posicionadas em várias outras áreas do sul do Líbano e devem se retirar completamente do país dentro de 60 dias a partir do cessar-fogo em vigor desde 27 de novembro.

Como parte do acordo baseado na Resolução 1701 da ONU, as tropas libanesas devem desmantelar toda a infraestrutura do Hezbollah ao sul do rio Litani. Além disso, o acordo proíbe a entrada de armas no Líbano e qualquer tentativa de reabastecimento de armamentos pela resistência.

Um mecanismo tripartite já existente, que inclui França e UNIFIL, é liderado pelos EUA para monitorar violações relatadas tanto por Israel quanto pelo Líbano.

Apesar desse mecanismo, Israel não foi responsabilizado pelos inúmeros ataques aéreos e bombardeios que lançou contra o Líbano desde o anúncio do cessar-fogo. O Hezbollah respondeu recentemente a essas violações com um ataque limitado de foguetes no início deste mês, provocando uma onda mortal de ataques aéreos israelenses no sul do Líbano.

Vários ataques israelenses atingiram o sul do Líbano em 10 de dezembro, matando pelo menos uma pessoa. As forças israelenses também alvejaram equipes de resgate que tentavam recuperar corpos na região.

Três pessoas foram mortas em 8 de dezembro em um ataque israelense que teve como alvo a área de Debbin, na cidade de Marjayoun, no sul do Líbano. Um dia antes, quatro pessoas foram mortas e várias ficaram feridas em Beit Lif, também em ataques israelenses.

O secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou em 5 de dezembro que, apesar das dezenas de violações israelenses dentro do Líbano, o grupo de resistência está “dando uma oportunidade” para que o acordo de cessar-fogo tenha êxito.