Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 429
O Ministro das Finanças da ocupação pediu que Israel “tomasse o controle” da Faixa de Gaza e adotasse uma postura “ofensiva” na Cisjordânia ocupada após a queda abrupta do governo sírio, ocorrida dias atrás.
Ministro da ocupação afirma que é hora de partir para a ofensiva
O Ministro das Finanças da ocupação, Bezalel Smotrich, pediu em 9 de dezembro que Israel tomasse o “controle” da Faixa de Gaza do Hamas e adotasse uma postura “ofensiva” na Cisjordânia ocupada, construindo mais assentamentos sionistas e impedindo o estabelecimento de um Estado palestino após a queda abrupta do governo sírio, ocorrida dias atrás.
“É hora de tomar o controle de Gaza e tirar do Hamas sua autoridade civil, cortando sua linha de sustentação”, declarou Smotrich durante uma reunião da facção do Partido Sionista Religioso na segunda-feira.
“Vimos na Síria como líderes de regimes fogem como ratos quando percebem que perderam o controle do poder. O mesmo pode ser alcançado em Gaza. Estamos próximos – já demos passos tremendos lá. Agora, precisamos dar o próximo passo para garantir uma vitória decisiva e clara”, acrescentou o ministro das Finanças.
No sábado, combatentes fundamentalistas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS) capturaram a capital síria, Damasco, e derrubaram o governo do presidente Bashar al-Assad.
A queda do governo sírio era um objetivo de longa data dos Estados Unidos e de Israel.
Smotrich também afirmou que Israel deveria rejeitar qualquer acordo de cessar-fogo com o Hamas, mesmo que isso levasse à libertação de alguns dos cativos que o grupo ainda mantém em Gaza.
“Em vez de discutir acordos parciais que deixam muitos reféns para trás, comprometem as conquistas da guerra e diminuem a chance de vitória, devemos avançar. Devemos parar de temer nossas próprias sombras e fazer o que é necessário”, disse ele.
“Se tomarmos essas medidas necessárias, com a ajuda de Deus, veremos os líderes restantes do Hamas fugirem como ratos, desesperados para salvar a si mesmos e suas famílias. Isso trará todos os reféns para casa e removerá a ameaça a Israel de uma vez por todas.”
Para a Cisjordânia ocupada, Smotrich defendeu o aumento dos assentamentos judaicos e o estabelecimento de “fatos concretos no terreno” para garantir que um Estado palestino nunca seja criado.
“Devemos acabar com a política de contenção e defesa e mudar para a iniciativa e a ofensiva. Devemos desmantelar os centros de terror, fortalecer os assentamentos judaicos e criar fatos concretos no terreno que impeçam o estabelecimento de um Estado palestino e removam essa possibilidade da agenda de uma vez por todas.”
Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
A ocupação israelense cometeu 4 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 44 mártires e 74 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 44.708 e 106.050 feridos desde o 7 de outubro.