Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 423
Assim como Netanyahu, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, também emitiu ameaças na terça-feira, afirmando que era dever do exército libanês desmantelar o Hezbollah em nome de Israel.
Ocupação pretende continuar ofensiva contra o Líbano
O primeiro-ministro da ocupação, Benjamin Netanyahu, afirmou que a guerra com o Hezbollah e o Líbano ainda não acabou.
“Atualmente estamos em um cessar-fogo, eu ressalto, um cessar-fogo, não o fim da guerra”, disse Netanyahu durante uma reunião do gabinete realizada no assentamento fronteiriço de Nahariya, no norte de Israel.
“Temos um objetivo claro de devolver os residentes, de reabilitar o norte. Estamos impondo esse cessar-fogo com mão de ferro, agindo contra qualquer violação, seja ela menor ou grave.”
Netanyahu afirmou que o Hezbollah violou seriamente o acordo na segunda-feira e disse que Israel, em resposta, atacou mais de 20 alvos em todo o Líbano.
Em contraste, a França acusou Israel de violar o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah 52 vezes, incluindo um ataque no sábado que matou três civis libaneses.
Na noite de segunda-feira, Israel matou 10 pessoas no sul do Líbano após realizar sua maior onda de ataques aéreos desde que o cessar-fogo entrou em vigor na semana passada, segundo a BBC.
O exército israelense afirmou que mirou combatentes, lançadores e infraestruturas do Hezbollah e pediu às autoridades libanesas que impedissem o que chamou de “atividade hostil” do grupo.
O Hezbollah havia disparado anteriormente dois morteiros contra um posto do exército israelense nas colinas de Kfar Shuba em resposta às violações repetidas de Israel.
Assim como Netanyahu, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, também emitiu ameaças na terça-feira, afirmando que o exército libanês deveria desmantelar o Hezbollah em nome de Israel.
“Vamos trabalhar com todas as nossas forças para garantir todos os entendimentos do acordo de cessar-fogo, e mostramos uma resposta máxima e zero tolerância”, disse Katz durante uma visita às áreas fronteiriças do norte.
Katz afirmou que o Líbano deve “autorizar o exército libanês a cumprir sua parte, mantendo o Hezbollah afastado além do rio Litani e desmantelando toda a infraestrutura”.
“Se eles não fizerem isso e todo esse acordo desmoronar, então a realidade será muito clara. Primeiro de tudo, se voltarmos à guerra, agiremos com força, avançaremos mais fundo, e a coisa mais importante que eles precisam saber é que não haverá mais imunidade para o Estado do Líbano”, concluiu.
Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
A ocupação israelense cometeu 2 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 36 mártires e 96 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 44.502 e 105.545 feridos desde o 7 de outubro.