Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 410

O novo veto representa mais uma vez a decadência moral da administração dos EUA, um comportamento que não é estranho para um país que fundou sua existência no genocídio e na limpeza étnica.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 410

Organizações palestinas condenam o veto dos EUA à resolução de cessar-fogo em Gaza

O Hamas classificou a ação como uma posição hostil que anula a vontade da comunidade internacional. O grupo também pediu à comunidade internacional que “ponha fim a essa intromissão americana na soberania mundial, que só trouxe guerras, mortes, destruição e caos na região e além.”

O Movimento Palestino dos Mujahidin considerou o fracasso do Conselho de Segurança da ONU em emitir uma resolução de cessar-fogo em Gaza devido ao veto americano como prova, mais uma vez, de sua incapacidade e “de que todo o Sistema Internacional está refém da hegemonia e arrogância sionista-americana, e que os Estados Unidos e a entidade são uma ameaça real à segurança e estabilidade internacional.”

A Frente Popular pela Libertação da Palestina afirmou que esse veto representa mais uma vez a decadência moral da administração dos EUA, um comportamento que não é estranho para um país que fundou sua existência no genocídio e na limpeza étnica, com um longo histórico de massacres e terrorismo.

Todas as três organizações, assim como o Movimento da Jihad Islâmica na Palestina, reiteraram que o governo americano é cúmplice do genocídio e limpeza étnica dos palestinos em Gaza, ao lado da ocupação israelense.

O movimento Al-Ahrar declarou: “É desconcertante que os Estados Unidos tenham o direito de exercer o veto, apesar de serem um parceiro ativo no genocídio cometido na Faixa de Gaza, por meio de seu apoio material e moral sem precedentes. Os EUA representam os interesses sionistas na região e agem como juiz ao determinar quando, onde, por que e como a paz e a segurança internacional estão ameaçadas, além de definir crimes de guerra, crimes contra a humanidade e atos de agressão.”

Nesse sentido, um relatório do Instituto Watson da Universidade Brown revela que, de 7 de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2024, os EUA gastaram mais de US$ 22,7 bi em ajuda militar à entidade sionista, com mais de 80% desse montante já entregue.

US$ 17,9 bilhões foram enviados diretamente para a entidade, enquanto o restante foi destinado à “defesa regional”. Isso inclui armas, milhares de bombas de 2 toneladas, equipamentos e porta-aviões. Este é apenas o “primeiro lote”, já que o governo Biden anunciou em agosto novos acordos de armas no valor de US$ 20 bilhões, incluindo 50 aviões de guerra F-15, 32.000 projéteis de tanques e muito mais, com entregas previstas para os próximos anos.

Segundo o relatório, 70% dos gastos militares da ocupação na guerra atual foram financiados pelo Tesouro dos EUA. Esse dinheiro dos contribuintes americanos foi usado para financiar bens domésticos e assistência médica para os colonos, uma exceção única que os EUA não concedem a nenhum outro país. 

Desde a Segunda Guerra Mundial, a entidade sionista recebeu mais de US$ 250 bilhões dos EUA.

Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

A ocupação israelense cometeu 2 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 13 mártires e 84 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 43.985 e 104.092 feridos desde o 7 de outubro.