Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 405

Georges Abdallah, inspirado pelas transmissões revolucionárias da FPLP, está preso desde 1987 pelo trabalho incansável para impedir o envio de armas da Europa à ocupação quando da invasão do Líbano, em 1982.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 405
O julgamento de Georges Abdallah. Elites árabes declaram: “Não tenho nada a ver com Georges”, simbolizado com o logotipo da FPLP. Reprodução: 1986, Al-Hadaf

Tribunal francês concede liberdade a Georges Abdallah

Um tribunal francês aprovou a libertação de Georges Abdallah, o prisioneiro político mais antigo da Europa – internacionalista, comunista e lutador pela libertação palestina.

Ele será libertado em 6 de dezembro de 2024, após completar 40 anos de prisão. Sua libertação está condicionada à sua saída da França.

Durante quatro décadas, uma enorme pressão popular foi dirigida às autoridades francesas, americanas e europeias para garantir sua liberdade. No último verão, Georges apresentou seu nono pedido de libertação, já que sua sentença mínima terminou em 1999. Apesar disso, intervenções americanas bloquearam repetidamente sua libertação. Notavelmente, em 2013, seu oitavo pedido de libertação foi aprovado pela justiça francesa, mas anulado devido à pressão dos EUA, que absurdamente alegaram que o homem de 72 anos “poderia retornar ao campo de batalha.” Em 2015, foi revelado que Hillary Clinton ordenou que o ministro francês Laurent Fabius mantivesse Georges preso. Na verdade, Georges é elegível para libertação desde 1999, mas o estado teme sua capacidade de mobilizar as massas.

Natural da vila libanesa de Al-Qoubaiyat, Georges foi inspirado pelas transmissões revolucionárias da FPLP e logo formou e liderou as Facções Armadas Revolucionárias Libanesas (FARL). Quando o inimigo sionista invadiu o Líbano em 1982, trabalhou incansavelmente para impedir o envio de armas da Europa para a entidade sionista. Ele foi preso em 1984 sob acusações fabricadas – a polícia francesa alegou falsamente a presença de armas. Em 1987, foi condenado pelo suposto assassinato de um oficial do exército dos EUA e de um funcionário da embaixada sionista em Paris.

Georges nunca confirmou nem negou as acusações, considerando o julgamento uma farsa. Para ele, o Estado francês e suas autoridades são cúmplices da ocupação do Líbano e da Palestina. Os tribunais eram, segundo ele, ferramentas do imperialismo para mascarar a cumplicidade dos EUA e da França nos bombardeios de seu país.

Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

A ocupação israelense cometeu 3 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 28 mártires e 120 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 43.764 e 103.490 feridos desde o 7 de outubro.