Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 390
Na edição de hoje, nosso boletim diário da Tempestade Al-Aqsa completa um ano de cobertura ininterrupta das atualizações da resistência palestina em campo e dos principais fatos correlatos à causa pelo mundo.
Espanha cancela venda de armas para a ocupação
Conforme noticiou o portal Cradle, o governo espanhol cancelou um contrato para a compra de munição para a polícia da Guarda Civil de uma empresa de defesa israelense, conforme anuncio em um comunicado na terça-feira (29).
“O governo espanhol mantém o compromisso de não vender armas ao estado de Israel desde que o conflito armado estourou no território de Gaza”, anunciou o Ministério do Interior da Espanha. “Ao mesmo tempo, como se trata de uma aquisição de munição, o Ministério do Interior iniciou o processo administrativo para cancelar a compra”, acrescentou.
O comunicado também informou que empresas israelenses serão excluídas de qualquer licitação pendente.
A rádio Cadena SER havia informado anteriormente que a polícia da Guarda Civil da Espanha havia acordado a compra de mais de 15 milhões de projéteis de nove milímetros por 6,48 milhões de dólares da empresa Guardian LTD Israel.
O anúncio ocorre na semana seguinte à declaração do Ministério da Defesa espanhol à mídia local de que suspendeu a compra de armas de Israel. O país europeu havia anunciado que interromperia as vendas de armas para Israel após o início da guerra em 7 de outubro de 2023.
Essa decisão marca o primeiro sinal de que a promessa espanhola incluirá também compras de Israel e não apenas vendas.
A Espanha tem se manifestado sobre o genocídio de Israel e crimes de guerra contínuos na Faixa de Gaza, assim como no Líbano.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, instou outros membros da União Europeia em 14 de outubro a suspender o acordo de livre comércio do bloco com Israel.
“A Comissão Europeia deve responder de uma vez por todas ao pedido formal feito por dois países [Espanha e Irlanda] para suspender o acordo de associação com Israel, se for constatado, como tudo indica, que os direitos humanos estão sendo violados”, afirmou Sánchez.
A Espanha está entre vários países, incluindo Noruega, Irlanda e Eslovênia, que reconheceram a Palestina como um Estado no final de maio.
Em setembro, Madri sediou uma reunião de alto nível entre países muçulmanos e europeus com o objetivo de discutir maneiras de encerrar a guerra de Israel na Faixa de Gaza e formular um cronograma para a implementação de uma solução de dois estados.
A Espanha foi o primeiro país da Europa a apoiar o caso que acusa Israel de genocídio na Corte Internacional de Justiça (CIJ). O Brasil continua sem juntar-se aos esforços jurídicos sul-africanos na Corte.
Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
A ocupação israelense cometeu 6 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 41 mártires e 131 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 43.204 e 101.641 feridos desde o 7 de outubro.