Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 389
O parlamento da ocupação aprovou na segunda-feira (28) legislação que dá tratamento equiparado ao de ‘organização terrorista’ à Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
Parlamento da ocupação proíbe a atuação de agência humanitária da ONU na Palestina
O Knesset, parlamento da ocupação sionista, aprovou na segunda-feira (28) duas leis que proíbem a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (UNRWA) de operar dentro de Israel, Gaza, Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental ocupada.
Em votação de 92 a 10, o Knesset aprovou a primeira lei, que determina que a agência não pode “operar qualquer instituição, prestar qualquer serviço ou realizar qualquer atividade, direta ou indiretamente”. Posteriormente, na mesma sessão, os legisladores aprovaram, por 87 a 9, a segunda lei, que afirma que nenhum funcionário ou agência do governo israelense pode entrar em contato com a UNRWA, proibindo efetivamente as autoridades israelenses de fornecer serviços ou lidar com funcionários da ONU.
Desde o início do genocídio israelense de palestinos em Gaza em outubro passado, Tel Aviv realizou uma ampla campanha de difamação contra a agência da ONU, acusando seus membros de serem aliados do Hamas.
Momentos antes das votações do Knesset, o secretário-geral da ONU, António Guterres, chamou os projetos de lei de “catástrofe”. Ao mesmo tempo, o vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, alertou que a medida “teria consequências desastrosas”.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, também expressaram “preocupação” com os projetos de lei, dizendo que a “encenação de tais restrições devastaria a resposta humanitária de Gaza”, bem como a prestação de serviços “vitais” em Jerusalém Oriental ocupada.
A UNRWA foi criada há mais de 70 anos para fornecer serviços essenciais – educação, saúde e ajuda de emergência – para refugiados palestinos em Gaza, Cisjordânia e países vizinhos após a Nakba e a colonização de terras palestinas por colonos judeus.
Pelo menos 188 instalações da agência, incluindo abrigos, escolas e instalações médicas, foram bombardeadas pelas forças sionistas no ano passado.
Comunicado do Ministério da Saúde em Gaza
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
A ocupação israelense cometeu 5 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 102 mártires e 287 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 43.163 e 101.510 feridos desde o 7 de outubro.