Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 380

O ministro fascista Ben-Gvir defendeu abertamente a “expulsão incentivada” de palestinos de Gaza, sugerindo que eles deveriam se mudar para outros países, argumentando que a terra pertence à ocupação criminosa.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 380

Ministro israelense defende abertamente expulsar palestinos de Gaza

O ministro sionista da Segurança Nacional, o fascista Itamar Ben-Gvir, manifestou apoio à expulsão dos palestinos da Faixa de Gaza para instalação de colonos israelenses no território palestino devastado pelo genocídio. Ben-Gvir afirmou durante uma conferência realizada em 21 de outubro que os assentamentos poderiam ser estabelecidos na região, como já foram ilegalmente de 1967 a 2006.

A conferência, intitulada Preparando-se para Reassentar Gaza, aconteceu a aproximadamente 3 km da fronteira do território ocupado com Gaza, e foi organizada por membros do partido Likud, de Netanyahu, e pela organização Nahala, conhecida por apoiar a expansão criminosa dos assentamentos israelenses na Cisjordânia.

Ben-Gvir defendeu abertamente a “expulsão incentivada” de palestinos de Gaza, sugerindo que eles deveriam ter a opção de se mudar para outros países, argumentando que a terra pertence a Israel. A retórica de negar aos “árabes” seu pertencimento à região é evocada tanto pelo partido de Bezalel Smotrich, ministro sionista das Finanças, o Tkuma, quanto pelo partido de Ben-Gvir, o Otzma Yehudit, ambos partidos fundamentalistas de extrema-direita que afirmam que “o povo palestino não existe”.

Israel prende 7 pessoas sob premissa de ‘espionagem iraniana’

Conforme noticiou o The Cradle, sete pessoas foram detidas sob acusações de espionagem para o Irã por coletar informações sensíveis sobre bases militares em Israel, conforme anunciado pela polícia e pelo serviço de segurança Shin Bet em 21 de outubro.

De acordo com os promotores, os sete israelenses realizaram cerca de 600 missões de espionagem para a República Islâmica. Todos eram residentes de Haifa e do norte de Israel, incluindo um soldado que havia desertado do exército israelense. Os promotores também afirmaram que alguns deles estavam espionando para o Irã nos últimos dois anos.

As bases militares envolvidas na suposta espionagem dos sete suspeitos incluíam a base aérea de Ramat David, a base aérea de Nevatim, a base de Glilot e a base da Brigada Golani, que foi alvo do Hezbollah no último fim de semana.

Eles também foram acusados de fotografar e coletar inteligência sobre bases militares e locais sensíveis, incluindo a sede de defesa Kirya em Tel Aviv, além de plataformas e baterias do sistema Iron Dome.

Nevatim e Ramat David estavam entre as duas bases atacadas no ataque de mísseis balísticos do Irã a Israel no início de outubro.

Os suspeitos “receberam mapas de locais estratégicos de seus mentores, incluindo da base da Brigada Golani”, disse o Procurador do Estado de Israel.

A polícia israelense afirmou que a “gravidade e o alcance” da operação de espionagem são “uma das mais sérias conhecidas por Israel”.

“Esta investigação destaca os esforços contínuos da inteligência iraniana para recrutar e explorar cidadãos israelenses para espionagem e terrorismo dentro de Israel”, acrescentou.

As ações realizadas pelos sete israelenses “causaram danos à segurança do estado”, disse uma fonte sênior da Agência de Segurança de Israel (ISA) ao Jerusalem Post em 21 de outubro.

Os investigadores disseram que os suspeitos foram pagos com centenas de milhares de dólares em criptomoedas.

O Irã lançou centenas de mísseis balísticos contra Israel no final de 1º de outubro, em um ataque retaliatório massivo anunciado como resposta ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, e do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Várias bases sensíveis foram alvo, com muitos mísseis causando impactos em todo o território de Israel e danos na base de Nevatim, segundo imagens de satélite. Teerã afirmou que os mísseis atingiram 90% de seus alvos.

As prisões dos supostos espiões iranianos ocorrem enquanto Israel se prepara para uma resposta ao ataque, o que, segundo Teerã, será enfrentado com uma operação ainda mais “devastadora”.