Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 306
Enquanto a mídia ocidental busca retratar Sinwar como um dirigente da linha-dura, que buscará a todo custo continuar a guerra na Palestina, o principal obstáculo à paz na verdade segue sendo a postura bélica da entidade israelense.

MÍDIA LOCAL CONTESTA IMAGEM DA IMPRENSA OCIDENTAL DE SINWAR
Uma matéria no Al-Mayadeen trouxe a problemática acerca da cobertura ocidental da eleição de Yahya Sinwar ao Bureau Político do Hamas.
O artigo aborda a eleição de Yahya Sinwar como líder do Hamas, substituindo Ismail Haniyeh, e discute como a mídia ocidental criou uma imagem própria do novo líder. Sinwar, que liderou a Operação Tempestade Al-Aqsa, é frequentemente retratado como um dirigente linha-dura, que dificultaria negociações e um cessar-fogo.
No entanto, o artigo argumenta que sua eleição unânime demonstra unidade e apoio total dentro do Hamas, alinhando-se com a estratégia de resistência do movimento. Além disso, destaca que as decisões do Hamas não dependem apenas de Sinwar, mas refletem a postura coletiva da organização.
O Wall Street Journal se concentrou na falsa noção de que a tomada de decisão do movimento tem sido focada apenas nas escolhas de Sinwar.
Enquanto isso, o New York Times citou um ex-oficial de inteligência israelense declarando Yahya Sinwar como o ponto focal das decisões tomadas pelo Hamas.
No entanto, as decisões finais do Hamas não se baseiam nas escolhas do chefe do departamento político recém-eleito. Yahya Sinwar sempre foi um líder de alto escalão do Hamas, o que implica influência em relação às decisões, ao contrário da narrativa consistentemente empurrada de ser um linha-dura que procura prolongar a guerra israelense contra Gaza diante de um “Israel” que supostamente está comprometido em chegar a um cessar-fogo e um acordo de troca de prisioneiros.
O artigo também critica a narrativa de que as negociações de paz seriam prejudicadas por Sinwar, mencionando que a verdadeira barreira para um cessar-fogo está nas ações de Israel, que frequentemente violou acordos e não demonstrou interesse genuíno em negociações de paz, culminando no assassinato de Haniyeh.
Mediadores do Catar e do Egito frequentemente destacaram a obstrução israelense nas negociações indiretas e discutiram extensivamente como a ocupação israelense recuava em demandas já acordadas ou introduzia novas exigências que contradiziam as anteriores, uma estratégia considerada como uma forma de atrasar ou evitar as negociações por completo.
Enquanto a mídia ocidental busca a todo custo retratar o novo dirigente do Hamas como um empecilho para a busca do fim da guerra na região, o principal óbice ao objetivo da paz continua sendo a postura bélica e irreconciliável da entidade israelense.
COMUNICADO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE EM GAZA
Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:
A ocupação israelense cometeu 4 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 22 mártires e 77 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.
Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.
O total de mártires da agressão israelense subiu para 39.699 e 91.722 feridos desde o 7 de outubro.