Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 234

Os filhos e as mães de Rafah gritam aos ouvidos de todos aqueles que estão calados, alheios à realidade, e que negam as verdades dia após dia. Tal massacre acabou com todas as desculpas que apresentassem a entidade sionista como “civilizada”.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 234
O secretário-geral do Hezbollah, Sayyid Hassan Nasrallah, em discurso na terça-feira (28).

DISCURSO DO SECRETÁRIO-GERAL DO HEZBOLLAH

O secretário-geral do Hezbollah, Sayyid Hassan Nasrallah, se pronunciou na terça-feira (28) pela primeira vez após o falecimento de sua mãe:

Em nome da nossa família em geral, e das ilustres famílias Safi El-Din e Darwish em particular, estendo a minha gratidão a todos. Obrigado a todos os que ofereceram condolências do Líbano, Palestina, Síria, Iraque, Irã, Paquistão, Índia, Turquia, Iêmen, Bahrein, Kuwait, Egito, Tunísia, Mauritânia e muitos países africanos, bem como às comunidades libanesas expatriadas.

O massacre de Rafah confirma a brutalidade, a falta de escrúpulos e a traição do inimigo sionista. Os “israelenses” não tem consciência nem controle, e são hoje pior que os nazistas.

O horrível massacre de Rafah deveria despertar todos aqueles que estão alheios e calados neste mundo. O massacre acabou com todas as desculpas que apresentassem a entidade sionista como “civilizada”.

Dizemos aos que estão calados: vocês permanecerão calados diante de pessoas cuja brutalidade não tem limites?

A hipocrisia americana em relação a Rafah desempenhou um papel significativo nas últimas semanas. “Israel” desafia a vontade do mundo, da comunidade internacional e da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que ordenou a suspensão do ataque a Rafah.

Os horríveis massacres devem ser condenados e devem servir como uma forte razão para o mundo exercer pressão para a cessação da agressão.

Os massacres do sionismo deveriam ser uma lição para nós e para aqueles que confiam na comunidade internacional e nos tratados para proteger o Líbano.

Os filhos e as mães de Rafah gritam aos ouvidos de todos aqueles que estão calados, ignorantes, desligados da realidade e negam as verdades dia após dia.

Vejam a comunidade internacional, impotente e fraca, contente em emitir declarações de preocupação e condenação.

O massacre de Rafah e as atrocidades cometidas pelo inimigo irão acelerar a derrota, o colapso e o desaparecimento da ocupação.

Não vemos futuro para esta entidade fascista na nossa região.

DECLARAÇÃO DO GOVERNO EM GAZA SOBRE RAFAH

O exército de ocupação sionista cometeu três crimes contra a humanidade, matando 72 pessoas deslocadas nas últimas 48 horas, bombardeando as tendas de refugiados em áreas supostamente "seguras" a oeste e noroeste da província de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza.

A ocupação tem a intenção de continuar a cometer mais massacres contra civis e pessoas deslocadas que fugiram dos horrores da matança e dos ataques, o que confirma sua insistência em continuar o genocídio a longo prazo, numa mensagem clara de afronta aos tribunais internacionais, comunicando a todos os países do mundo que a matança e o extermínio de civis palestinos continuarão.

Condenamos a guerra de genocídio em curso e os massacres contínuos contra pessoas deslocadas e centros de abrigo, que resultaram em 72 mártires deslocados e dezenas de feridos nas últimas 48 horas. Apelamos a todos os países livres do mundo para que condenem estes massacres brutais liderados pela ocupação e pelos americanos.

Consideramos a ocupação “israelense”, a administração americana e os países envolvidos no crime de genocídio totalmente responsáveis ​​pela guerra de genocídio em curso contra o nosso povo palestino, que já fez mais de 130.000 vítimas, incluindo dezenas de milhares de mártires, feridos e pessoas desaparecidas.

Apelamos ao Tribunal Penal Internacional (TPI) e às cortes do mundo para que processem os criminosos de guerra “israelenses”, americanos e todos os envolvidos na morte de dezenas de milhares de civis, refugiados, crianças e mulheres neste massacre histórico sem precedentes, e os levem a um tribunal por seus assassinatos irrestritos com armas letais e mortais.

Pedimos aos países aliados pelo mundo e às organizações internacionais e das Nações Unidas que pressionem a ocupação para parar a guerra de genocídio que continua a ceifar mais vidas de refugiados, civis e vítimas todos os dias. Apelamos também à abertura da passagem humanitária na fronteira de Rafah, para que milhares de feridos e doentes viajem para tratamento no estrangeiro, e pedimentos por dezenas de hospitais de campanha e delegações médicas para salvar a catastrófica situação humanitária na Faixa de Gaza.