Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 224
FIFA julgará o pedido da Associação Palestina de Futebol (PFA) para que sejam aplicadas sanções aos clubes e à seleção de Israel devido ao genocídio em curso na Faixa de Gaza. O presidente da PFA relembra a suspensão da Rússia, em 2022, pela guerra na Ucrânia.
FIFA SE REUNIRÁ PARA DECIDIR SOBRE PUNIÇÃO DE CLUBES E SELEÇÃO ISRAELENSES DE FUTEBOL
A Associação Palestina de Futebol (PFA) submeteu um pedido à FIFA para que fossem aplicadas sanções aos clubes e à seleção de Israel devido ao genocídio em curso na Faixa de Gaza.
Gianni Infantino, presidente da FIFA, anunciou durante o 74º Congresso da FIFA, em Bangkok, Tailandia, que a entidade fará uma “apreciação jurídica” do pedido palestino em sua reunião de julho.
O presidente da federação palestina, Jibril Rajoub lembrou os presentes no 74º Congresso da FIFA da suspensão da Rússia, há dois anos atrás, motivada pela guerra na Ucrânia. Rajoub contesta se a FIFA considera algumas guerras mais importantes do que outras.
No documento, a PFA denuncia diversas violações cometidas pelas forças da ocupação e pela Federação Israelense de Futebol (IFA) aos estatutos da FIFA, desde as consequências diretas dos atentados, com 92 jogadores de futebol mortos e toda a estrutura esportiva de Gaza destruída, até a ausência de campanhas de combate à discriminação e racismo antipalestino e antiárabe no futebol.
O presidente da Federação Israelense de Futebol, Shino Moshe Zuares, alega que esta é uma “manobra política cínica da federação palestina, que tenta prejudicar o futebol israelense”.
O documento é apoiado pelas federações da Argélia, Iraque, Jordania, Síria e Iêmen. As federações árabes mais influentes – a do Catar, da Arábia Saudita e do Egito – não manifestaram apoio ao apelo palestino.
FPLP REITERA PREOCUPAÇÃO COM O PORTO FLUTUANTE AMERICANO
A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) reitera a sua preocupação com a criação de um porto flutuante pela administração americana na costa de Gaza, e alerta sobre os riscos de seu uso para implementar outros objetivos e planos, como o deslocamento forçado ou a proteção da ocupação, e não para o transporte de ajuda humanitária.
A FPLP também alerta quaisquer entidades palestinas, árabes ou internacionais a não colaborarem com a administração americana ou a operarem neste porto, enfatizando a necessidade urgente de abrir todas as passagens em Gaza, incluindo o posto na fronteira de Rafah, como alternativa a este porto e para garantir o fluxo de ajuda humanitária ao território sem restrições ou condições.
O posto na fronteira de Rafah é um ponto de passagem de soberania palestino-egípcia, cuja administração deve ser determinada pelo lado palestino em acordo com o lado egípcio, sem controle ou interferência da ocupação israelense.
A Frente renova sua posição contrária a qualquer presença americana, sionista ou de qualquer força estrangeira na Faixa de Gaza, seja na fronteira de Rafah ou em qualquer outro lugar no território ou na costa da Faixa, e afirma que ela e a resistência continuarão a tratar essas forças como forças inimigas.