Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 217

O fracasso das organizações internacionais em fazer justiça ao povo palestino e garantir seus direitos históricos reitera a necessidade de reformas internas em seus regulamentos e mecanismos de tomada de decisão, distanciando-os do controle americano.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 217
Arte das Brigadas Abu Ali Mustafa, braço armado da Frente Popular pela Libertação da Palestina.

FPLP: PEDIDO DE ADESÃO DA PALESTINA À ASSEMBLEIA GERAL DA ONU É MARCO DA DESMORALIZAÇÃO DO SIONISMO

 A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) saúda a votação da Assembleia Geral para o pedido de adesão da Palestina e a considera um fruto da resistência e da luta do nosso povo. Recebemos com satisfação a votação da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) hoje com uma maioria expressiva em apoio ao pedido de adesão da Palestina à organização, que consideramos um fruto da resistência e da luta do povo palestino, refletindo o apoio global à Palestina, sua causa e seu povo.

 Embora essa decisão da AGNU tenha um caráter simbólico devido ao veto americano no Conselho de Segurança, é um prelúdio para mudanças importantes a favor da causa palestina, aumentando o isolamento do regime sionista, expondo o papel parcial dos Estados Unidos e seu envolvimento contínuo nos crimes sionistas contra o povo palestino.

 O fracasso das organizações internacionais até o momento em fazer justiça ao povo palestino e garantir seus direitos históricos reitera a necessidade de reformas internas em seus regulamentos e mecanismos de tomada de decisão, distanciando-os do controle americano.

 Finalmente, enfatizamos que a escalada do movimento popular em todo o mundo, liderada pela revolta dos estudantes nas universidades em solidariedade a Gaza e seu povo, e em condenação à agressão sionista contra a Faixa de Gaza, são mudanças históricas importantes que aumentarão a pressão sobre as instituições internacionais e os países do mundo em favor da causa palestina.

 

COMUNICADO DA DEFESA CIVIL EM GAZA

 Nossas equipes e equipes médicas, apesar de quarenta dias terem se passado desde a retirada das forças de ocupação israelenses do complexo Dar Al-Shifa, ainda estão recuperando os corpos de mártires que foram enterrados pelas forças de ocupação em valas comuns após cometerem assassinatos hediondos contra eles.

 O sofrimento da Defesa Civil na Faixa de Gaza é contínuo, com a eliminação total de do sistema de trabalho, que foi destruído pela ocupação israelense, pois há meses estamos trabalhando com meios e ferramentas muito limitados, o que nos exige muito esforço e tempo.

 A ocupação israelense destruiu mais de 70-80% das capacidades da Defesa Civil.

 Renovamos nosso pedido aos países do mundo e às instituições de proteção civil para que observem a realidade catastrófica dos prestadores de serviços humanitários em Gaza.

 Pedimos às Nações Unidas e a todas as instituições humanitárias que intervenham imediatamente para trazer equipamentos de resgate e veículos de engenharia para continuar o trabalho e recuperar as pessoas desaparecidas restantes sob os escombros, e fornecer o combustível necessário para operar os veículos e equipamentos de resgate restantes da defesa civil para as operações de recuperação de mártires de debaixo dos escombros de casas e prédios destruídos.