Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 215

A confirmação de Joe Biden de que as “bombas fornecidas pelos EUA a Israel – agora suspensas – foram usadas para matar civis” é um reconhecimento de total cumplicidade nos crimes cometidos em Gaza, e que a ocupação sionista está praticando genocídio, contrariamente às negações contínuas do governo.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 215
Pôster da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) em homenagem às manifestações estudantis de solidariedade pelo mundo.

FPLP: BIDEN RECONHECE QUE ISRAEL MATOU CIVIS EM GAZA COM ARMAS AMERICANAS

 A confirmação de Joe Biden de que as “bombas fornecidas pelos EUA a Israel – agora suspensas – foram usadas para matar civis” é um reconhecimento da total cumplicidade americana nos crimes cometidos em Gaza, e que a ocupação sionista está praticando genocídio, contrariamente às negações contínuas do governo dos EUA.

Este reconhecimento é uma prova extremamente importante de que o presidente americano é um criminoso de guerra que deve ser julgado, juntamente com seu governo criminoso, perante os tribunais internacionais, como os criminosos de guerra sionistas, e confirma que os EUA estão diretamente envolvidos na guerra contra Gaza e na condução das operações de campo com a entidade – e que pode parar esta guerra num piscar de olhos.

Por fim, as recentes críticas americanas à ocupação sionista, sua decisão de suspender o envio de uma remessa de bombas para a entidade e impor condições para o apoio militar americano a ela são apenas medidas formais que não irão dar fim à agressão ou à guerra de extermínio contínua contra o povo palestino na região. São apenas mensagens tranquilizadoras para o público americano indignado com a política americana e seu apoio ilimitado à ocupação.

 

SUECOS PROTESTAM CONTRA A PARTICIPAÇÃO DE ISRAEL NO EUROVISION

Em meio a uma grande presença policial, milhares de manifestantes em Malmö, Suécia, saíram para protestar contra a participação da entidade sionista no concurso Eurovision.

O intérprete israelense foi incessantemente vaiado pela multidão, um fato que será ocultado pelos organizadores do concurso com edição e tecnologia de supressão de ruído. A multidão gritava “Palestina Livre!” e itens de vestuário associados à Palestina e bandeiras foram proibidos de serem exibidos no concurso.

Na Bélgica, a emissora de TV que transmitia o concurso sionista interrompeu a transmissão para dizer: “Esta é uma ação coletiva. Condenamos as violações dos direitos humanos pelo Estado de Israel. Além disso, Israel está em guerra contra a liberdade de imprensa. Por isso, interrompemos a imagem por um momento.”

A União Europeia de Radiodifusão recusou-se a proibir a ocupação sionista de participar do concurso europeu, apesar dos amplos apelos ao boicote.

 

LIDERANÇA DAS BRIGADAS AL-QASSAM ESTÁ COM A VIDA EM RISCO

De acordo com o testemunho de um prisioneiro libertado hoje da prisão de Gilboa, Adeeb Mustafa Samoudi, o dirigente de 59 anos, Ibrahim Hamed, de Silwad, Ramallah, foi submetido a horríveis torturas e abusos no cárcere.

Samoudi afirmou: “Hamed foi agredido ontem na Prisão de Gilboa, e não há parte do seu corpo sem contusões, arranhões ou ferimentos. Ele sangrou uma grande quantidade na cabeça. Depois de sermos atacados esta manhã, ele ficou incapaz de ficar de pé e sua condição de saúde é muito crítica. Por mais que eu tente descrever a condição em que está Hamed, não consigo transmitir o estado grave e ameaçador de vida em que ele se encontra devido à brutalidade da surra que ele e outros prisioneiros receberam na prisão.”

Este abuso se soma à série de crimes cometidos pelo sistema carcerário sionista, que se intensificou desde 7 de outubro, incluindo seu direcionamento aos líderes do movimento carcerário, que foram submetidos a tortura, isolamento e abusos, como o fundador das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, Marwan Barghouti, e o Secretário-Geral do PFLP, Ahmed Sa’adat.

Ibrahim Hamed foi condenado a 54 sentenças de prisão perpétua em 2006, a segunda maior sentença após o líder das Al-Qassam, Abdullah Al-Barghouti. Pai de dois filhos, ele é bacharel em Ciência Política e mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Birzeit, tendo publicado diversos artigos de pesquisa sobre a história da causa palestina. Ibrahim ficou na solitária por 7 anos consecutivos após sua prisão, após 8 anos de perseguições. Hamed comandou uma série de significativas operações de resistência, levando à morte de quase 100 colonos durante a Segunda Intifada.