Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 209

Centenas de policiais cercaram a Biblioteca Memorial Refaat Al-Areer, na Universidade Estadual de Portland, em Oregon, onde os estudantes confrontavam a tropa de choque da polícia em meio à ocupação de uma semana da biblioteca em solidariedade à Palestina.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 209
Policiais de Portland em frente à Biblioteca Memorial Refaat Al-Areer. Reprodução: redes sociais

REPRESSÃO POLICIAL MARCA MOBILIZAÇÕES DE SOLIDARIEDADE NOS EUA

Centenas de policiais cercaram a Biblioteca Memorial Refaat Al-Areer, na Universidade Estadual de Portland, em Oregon, onde os estudantes confrontavam a tropa de choque da polícia em meio à ocupação de uma semana da biblioteca em solidariedade à Palestina. A polícia utilizou de spray de pimenta contra os estudantes e agrediu os manifestantes, deixando pelo menos uma pessoa inconsciente e ameaçando prendê-los.

Pela noite, um homem saiu de um carro com a placa removida para pulverizar spray de pimenta nos manifestantes após acelerar em direção a eles e posteriormente fugir com o carro. O campus está fechado pelo terceiro dia consecutivo.

Mais de 2.000 estudantes que estavam se manifestando em apoio à Palestina foram presos em mais de 40 universidades nos Estados Unidos nas últimas duas semanas.

Na UCLA, Universidade da Califórnia em Los Angeles, em meio à presença de atiradores de elite, a polícia atacou violentamente o acampamento de solidariedade à Gaza, disparando sucessivamente gás lacrimogêneo e bombas de luz contra os estudantes. Os manifestantes reagiram à agressão, afastando a polícia e dispondo de uma série de táticas criativas.

Vários estudantes vestiram máscaras contra gás lacrimogêneo para se protegerem do spray de pimenta, enquanto outros criaram escudos fortificados para defender o acampamento.

Bandos sionistas reproduziram gravações de crianças chorando por alto-falantes, espelhando a mesma prática distorcida usada pelas Forças de Defesa de Israel no campo de Nusseirat, na Faixa de Gaza. Novamente, a polícia pouco fez para conter o ataque dos sionistas, que, segundo relatos, se aliaram a grupos fascistas em seu ataque ao acampamento.

Após a retirada da polícia, os bandos voltaram novamente a atacar o acampamento. Durante o andamento dos confrontos, dezenas foram presos. Os estudantes da UCLA demonstraram uma incrível disciplina e coragem ao resistir à invasão com as ferramentas que tinham, como guarda-chuvas e barreiras humanas.

COMUNICADO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE EM GAZA

Com o martírio do Dr. Adnan Al-Barsh, o número de mártires no setor de saúde em Gaza sobe para 496.

O Ministério da Saúde Palestino relatou que o crime do assassinato do Dr. Adnan Al-Barsh nas prisões da ocupação elevou o número de mártires no setor de saúde em Gaza desde 7 de outubro para 496.

O Ministério acrescentou em um comunicado à imprensa hoje, quinta-feira, que o número de feridos no setor de saúde chegou a 1.500 e o de prisioneiros atingiu 309.

O Ministério ressaltou que o assassinato do Dr. Al-Barsh não será o último crime em meio a um completo silêncio sobre a condição dos prisioneiros nas prisões, especialmente aqueles presos em Gaza.

O Ministério pediu à comunidade internacional e às organizações de saúde e direitos humanos para intervir e proteger os prisioneiros nas prisões contra tortura, terror e assassinato.

FPLP: AS EXIGÊNCIAS DA RESISTÊNCIA SÃO CLARAS; FIM COMPLETO DA AGRESSÃO E RETIRADA DA OCUPAÇÃO DE GAZA

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) reafirmou que as exigências da resistência são claras, que são a cessação completa da agressão (um cessar-fogo permanente), a retirada das forças de ocupação da Faixa de Gaza, um verdadeiro acordo de troca e o regresso de todas as pessoas deslocadas para as casas de onde foram deslocadas.

Existe uma coordenação completa, contínua e constante entre todas as organizações da resistência, e que há consenso sobre as exigências da resistência. Não haverá progresso nas negociações a menos que a ocupação concorde com estas justas exigências, e que cabe agora ao juízo da ocupação, que ainda é evasivo e teimoso e não quer responder a estas exigências, em particular o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por objetivos políticos mesquinhos.

As organizações da resistência estão prontas para lidar com todas as cartas que tiverem na mesa e quaisquer desenvolvimentos no terreno, para continuar a defender o povo palestino, e para enfrentar qualquer agressão sionista, especialmente contra a cidade de Rafah.