Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 208
A decisão de Petro representa uma vitória para o povo palestino, e para os valores de justiça e liberdade que se tornaram, na era do presidente Petro, algumas das bandeiras da Colômbia. A decisão colombiana é tomada enquanto governos árabes sionistas normalizam relações com a ocupação.
FPLP SAÚDA A DECISÃO DO PRESIDENTE COLOMBIANO
A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) elogiou a declaração do presidente colombiano, Gustavo Petro, de cortar relações diplomáticas com a entidade sionista.
A Frente afirmou que essa decisão representa uma vitória de grande importância para o povo palestino, e para os valores de justiça e liberdade que se tornaram, na era do presidente Petro, algumas das bandeiras mais importantes da Colômbia. A ironia é que essa decisão seja tomada enquanto governos árabes sionistas correm para normalizar as relações com a ocupação.
Essa decisão importante impõe ainda mais isolamento à pária ocupação sionista, e aperta o cerco contra os criminosos de guerra sionistas, cujos terríveis crimes contra o povo palestino estão expostos e são motivo de condenação, rejeição e repúdio por todo o mundo.
A FPLP encerrou sua declaração reafirmando que a Palestina e seu povo não esquecerão esse momento histórico da Colômbia, que representa uma verdadeira e corajosa encarnação do programa do presidente colombiano, Gustavo Petro, contra o imperialismo e o sionismo, e em apoio às lutas e direitos dos povos, liderados pelo povo palestino.
PARTIDO COMUNISTA PALESTINO SAÚDA ASCENSÃO DO MÁRTIR AL-AQQAD
Com grande tristeza e pesar o Secretário-Geral do Partido Comunista Palestino, membros do partido e sua juventude receberam a notícia do martírio do combatente e camarada Mahmoud Hassan Abdel Qader Odeh (‘Al-Aqqad’), falecido na manhã do domingo (28) aos 84 anos de idade. Mahmoud Al-Aqqad foi uma das primeiras gerações do partido e membro do Comitê Central do Partido Comunista Palestino. Ele participou da reestabelecimento do partido em 1991. Sua morte, camarada, é considerada um grande choque e uma perda enorme para todos os camaradas. Permaneceremos fiéis ao seu caminho e leais ao partido.
Al-Aqqad nasceu em 1940, na aldeia de Ijzim, em Haifa, onde completou o ensino fundamental um ano antes da Nakba. Na infância, o camarada experimentou a injustiça do feudalismo e o terrorismo dos sionistas, que constantemente atacavam as aldeias palestinas antes da Nakba. Isso criou uma consciência nele apesar da pouca idade, pois ele vinculou os senhores feudais árabes e sua injustiça ao movimento sionista, e chegou à conclusão de que os inimigos do povo e da pátria são os árabes feudais e o movimento sionista, apesar da diferença substancial e da hostilidade dos senhores feudais em sua resistência ao movimento sionista.
O camarada nasceu em uma família camponesa pobre. A situação os forçou a deixar sua terra natal, Salfit, antes da Nakba, e seguir para a aldeia de Ijzim na esperança de uma outra situação econômica, que, infelizmente, não era melhor. Em Ijzim, seu pai começou a trabalhar na agricultura para os senhores locais. Ele percebeu a exploração dos camponeses lá e a violação constante de seus direitos.
Durante uma visita à cidade de Haifa, ele se deparou com algumas publicações do Partido Comunista Palestino e leu sobre a vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, o que atraiu seu interesse, apesar da repreensão de seu pai e lhe dizendo que os comunistas eram ateus e que não se deveria ler sobre eles. Para o pai, era melhor para ele memorizar o Sagrado Alcorão, mas isso não o impediu de tentar ter acesso a algumas das publicações, mesmo que fosse uma criança na época.
Em 1948, após a Nakba que atingiu o povo palestino, ele e sua família foram deslocados da aldeia de Ijzim, e a família voltou para sua cidade natal, Salfit, onde o camarada completou seus estudos. No ensino médio, Mahmoud conheceu o camarada Ahmed Al-Sayyid, membro do Partido Comunista Jordaniano. Em 1954, ele se juntou ao Partido Comunista Jordaniano e começou sua luta no partido.
Em 1956, durante a agressão contra o Egito, ele se voluntariou para defender o Canal de Suez com um grupo de estudantes nacionalistas. O camarada lutou contra a agressão em Suez e retornou vivo para casa.
Em 1957, especificamente em 24 de abril, foi declarado o estado de sítio como resultado das manifestações que ocorreram na Jordânia após a deposição de Suleiman Nabulsi do governo. Mahmoud foi um dos camaradas mais ativos naquela época. Ele foi perseguido pelo serviço de inteligência jordaniano e acusado de liderar bandos armados. O camarada foi condenado à morte à revelia em um tribunal de Nablus, juntamente com outros cinco camaradas.
A pedido do Partido, os cinco camaradas condenados à morte foram exilados na Síria, e lá ele concluiu os estudos. Em 1958, Abdel Nasser atacou os comunistas egípcios, e esse ataque se estendeu à Síria por causa da presença dos nacionalistas lá. Diante das medidas tomadas contra os comunistas, o camarada Mahmoud Al-Aqqad foi forçado a buscar refúgio no Líbano, onde foi preso por um mês e depois entregue às autoridades sírias, especificamente à polícia de Zabadani. Um dos comandantes da polícia de Zabadani era comunista, então ele foi libertado com um grupo de camaradas. Eles fugiram para Damasco, e lá ele foi preso novamente.
Após 3 meses de rigoroso interrogatório, acabou na Prisão de Mezzeh, conhecida como Prisão de Jasmim, houve tortura e brutalidade desumanas. Após 6 meses de detenção na Prisão de Mezzeh, foi entregue às autoridades jordanianas, sendo transferido de uma prisão para outra. De Irbid para Nablus, para Amã, e, finalmente, para a Prisão no Deserto de Al-Jafr. No ano de 1964, os detidos políticos foram libertados, e Mahmoud retornou à aldeia de Salfit após dez anos afastado de sua terra natal. O período de sua libertação foi seguido por restrições sem precedentes, pois ele foi privados do trabalho e de viagens, pois não era permitido possuir um passaporte. Permaneceu em Salfit, então, sob regime de prisão domiciliar.
Em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, Mahmoud e um grupo de camaradas pegaram em armas para defender a Palestina, e organizaram muitas brigadas populares para enfrentar a agressão. Estavam alocados na cidade de Nablus, e a ocupação sionista os atacou com toda a força que tínham, mas a retirada do exército jordaniano tornou-os presas fáceis. O grupo foi preso pelo exército de ocupação, e permaneceu por mais de um mês, amarrados e vendados, sem comida, e com apenas alguns goles de água todos os dias. Depois disso, foram libertados porque nada foi provado em juízo contra eles. Mahmoud voltou ao trabalho clandestino, quando os comunistas estabeleceram o Comitê Nacional de Orientação, que emitiu seu primeiro comunicado um ano após a ocupação. Como o Comitê Nacional de Orientação foi a pedra angular da construção da Frente Nacional no início dos anos setenta, o camarada foi preso mais de uma vez, mas a detenção não durou mais de 6 meses, devido à falta de evidências da acusação.
Em 1991, após o golpe contra o socialismo e a abordagem revisionista assumindo o controle do partido jordaniano, mudando seu nome e abandonando os princípios marxistas-leninistas, o camarada Mahmoud Al-Aqqad foi um dos primeiros camaradas que desempenharam um papel importante na reconstrução do Partido Comunista Palestino. Com seus camaradas, o falecido Hussein Al-Qahah, o falecido Muhammad Alqam e o falecido Basem Shuqair, Jihad Aoun Allah e Ahmed Al-Damas, continuou com os trabalhos partidários apesar da idade avançada. Ele foi eleito membro do Comitê Central do Partido Comunista Palestino em 2008.
“Até hoje, ainda acredito no marxismo-leninismo, em seus valores e em seu pragmatismo, e considero que é a única solução para os povos do mundo alcançarem a segurança. Quem traiu e vendeu, a história não terá misericórdia com eles e os julgará pelo que fizeram ao partido.”
AUTORIDADE PALESTINA MATA AHMAD ABU AL-FOUL, COMBATENTE DA BRIGADA DE TULKAREM
A FPLP condenou veementemente o crime de assassinato perpetrado pelas agências de segurança contra o combatente da Brigada de Tulkarm, o mártir Ahmad Abu Al-Foul, afirmando que é um crime que ultrapassa os limites.
Os responsáveis por este crime abominável devem ser responsabilizados. A Frente alertou repetidamente sobre esse comportamento das agências de segurança da Autoridade Palestina, que servem à ocupação e seus planos coloniais na Cisjordânia, contribuindo para a inflamação dos ânimos internos, e abalando a unidade nacional em um momento crucial em que é preciso unir a Palestina e direcionar as armas contra o inimigo sionista.
A Frente encerrou seu comunicado chamando a Autoridade e suas agências de segurança a interromperem a política de coordenação de segurança destrutiva e condenada por todos os componentes palestinos, que transformou as agências de segurança da Autoridade em guardiães da ocupação e dos colonos, perseguindo e prendendo os combatentes e perseguidos pela ocupação, em vez de protegê-los e defendê-los.