Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 204

A Alemanha proibiu línguas exceto o inglês e o alemão em manifestações, para criminalizar protestos em língua árabe no país. Eventos pró-palestinos têm sido alvo de invasões, e atos palestinos pelo Dia dos Prisioneiros e o Dia da Nakba são proibidos anualmente.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 204
Repressão da polícia alemã a manifestantes em acampamento em frente ao Parlamento.

FPLP: REINO UNIDO PLANEJA ENVIAR FORÇAS ARMADAS PARA GAZA

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) advertiu o Reino Unido ou qualquer outro país contra o envio de quaisquer forças terrestres ou marítimas para a Faixa de Gaza, afirmando que essas forças serão tratadas como forças de ocupação e alvos legítimos para a resistência.

O povo palestino não esquecerá o que lhe fez o Reino Unido, com sua contribuição para a criação do Estado sionista, a infame Declaração de Balfour, e seu contínuo apoio à ocupação e seus crimes até hoje. Os palestinos têm o Reino Unido como um adversário e uma força ocupante.

As justificativas do Reino Unido para o envio dessas forças para ajudar a entregar ajuda humanitária a Gaza através de uma nova rota marítima, conforme relatado pela BBC, são mentiras que não enganarão ninguém, uma desculpa para a presença militar permanente no solo para objetivos coloniais e para proteger a segurança do Estado sionista, algo que o povo palestino e sua resistência entendem muito bem.

A FPLP prometeu em seu comunicado que a resistência irá confrontar qualquer presença ou intervenção de qualquer país ou forças militares sob disfarces humanitários e de socorro, afirmando que aqueles que desejam aliviar o sofrimento do povo palestino devem pressionar pelo fim da agressão, o fim do bloqueio e a entrada de ajuda humanitária através de passagens oficiais no território, sob administração e supervisão palestinas.

REPRESSÃO NA ALEMANHA CONTRA ATOS DE SOLIDARIEDADE A PALESTINA

Estudantes e outros manifestantes solidários à causa palestina na Alemanha organizaram um acampamento de duas semanas do lado de fora do Parlamento Alemão e da Chancelaria antes de serem violentamente atacados pela polícia.

Os militantes alemães defendem a Palestina em meio a uma das piores repressões antipalestinas do mundo, dando um exemplo de que acampamentos e ações de solidariedade não precisam se limitar aos campi universitários.

Recentemente, a Alemanha proibiu todas as línguas exceto o inglês e o alemão em eventos públicos, na tentativa de limitar discursos e manifestações em língua árabe em um dos países com maior presença árabe e muçulmana da Europa ocidental. Eventos pró-palestinos têm sido alvo de invasões, com até mesmo as vozes pró-palestinas mais brandas sendo atacadas, e protestos palestinos pelo Dia dos Prisioneiros e o Dia da Nakba são proibidos anualmente.

Logo após os Estados Unidos, a Alemanha é o maior fornecedor de armas para a entidade sionista: 69% vêm dos EUA, 30% vêm da Alemanha, e o restante 1% vem de outros países.

O acampamento foi violentamente desmantelado pelas forças alemãs nesta sexta-feira (26), e protestos eclodiram do lado de fora das embaixadas alemãs em cidades europeias contra essa decisão.