Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 174

Não está sendo possível chegar às centenas de mártires nas proximidades do Complexo de Al-Shifa para recuperá-los, pois as forças da ocupação alvejam as equipes de defesa civil e profissionais médicos nos hospitais.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 174
Complexo Médico de Al Shifa em outubro de 2023, durante a primeira incursão das forças sionistas contra o hospital. Reprodução: Wikimedia Commons.

FPLP: RESISTÊNCIA ATACA ASSENTAMENTOS NO VALE DO JORDÃO

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) elogiou o ataque contra um transporte de colonos sionistas no Vale do Jordão, ao norte de Jericó, que resultou em três colonos feridos gravemente, considerando-o um ato heroico e qualitativo que ocorre no contexto da resposta natural aos crimes da ocupação.

A FPLP reiterou que considera este um ato heroico e um golpe contra o inimigo sionista, para todas as suas medidas de segurança e militares, e para suas tentativas fracassadas de conter a onda dessas operações crescentes na Costa Ocidental.

A Frente concluiu sua declaração, enfatizando que a Costa Ocidental, assim como Gaza e o restante da Palestina, continuará sendo túmulo para os invasores sionistas, convocando as massas do povo palestino na região a transformar a sexta-feira (29) em um dia de escalada total e confronto aberto com o inimigo sionista, e intensificar o movimento popular em apoio ao povo palestino na Faixa de Gaza, através da organização de uma tempestade popular massiva que não cessa em cidades e praças da Margem Ocidental.

RESISTÊNCIA CONTRA FORÇAS ISRAELENSES: OPERAÇÕES DE HOJE

Em uma série coordenada de ações, grupos de resistência continuaram seus ataques contra forças dos Estados Unidos e Israel hoje. As operações envolveram diversas organizações, cada uma executando ações específicas.

As Brigadas Al-Qassam, braço armado do movimento Hamas, foram responsáveis por diversos ataques direcionados aos tanques israelenses Merkava. Utilizando foguetes Yassin-105, eles atingiram esses veículos de combate a oeste do bairro de Tal al-Hawa, ao sul da cidade de Gaza, além de alvejarem um tanque e um trator militar na área de Qarara, ao norte de Khan Yunis. Um ataque particularmente significativo foi a detonação de uma casa armadilhada, que resultou em baixas entre as tropas israelenses, levando à evacuação de um helicóptero na mesma região.

As Brigadas Al-Quds, associadas à Jihad Islâmica, também participaram dos ataques, principalmente através de bombardeios com morteiros ao redor do Complexo de Al-Shifa, a oeste da cidade de Gaza. Além disso, um veículo militar israelense foi alvejado com sucesso com um foguete Tandem em uma região próxima.

As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa também estiveram ativas, realizando ataques similares contra as forças de ocupação israelenses e suas instalações ao redor do Complexo Médico Al-Shifa.

As Brigadas Mujahidin atacaram aglomerações de forças das IOF ao redor do Hospital Al-Shifa, a oeste da Cidade de Gaza, com morteiros. Também bombardearam, em uma operação conjunta com as Brigadas Al-Quds, aglomerações de soldados das IDF e seus veículos ao redor do Complexo de Al-Shifa, a oeste da Cidade de Gaza, com uma salva de morteiros.

O Hezbollah lançou ataques contra assentamentos israelenses e posições militares. Foguetes e fogo de artilharia foram direcionados aos assentamentos de Goren e Shlomi, enquanto os quartéis-generais de uma nova unidade militar israelense, o Batalhão Leman, foram atingidos pela artilharia.

COMUNICADO DO PORTA-VOZ DA DEFESA CIVIL EM GAZA

Recebemos muitos apelos do Complexo Médico de Al-Shifa devido ao contínuo direcionamento pela ocupação. Suas forças estão demolindo casas ao redor do Complexo de Al-Shifa.

Não conseguimos chegar a centenas de mártires nas proximidades do Complexo de Al-Shifa para recuperá-los, pois as forças da ocupação alvejam as equipes de defesa civil e profissionais médicos nos hospitais.

As forças sionistas visaram nossos equipamentos e veículos, e estamos sem suprimentos, trabalhando com o mínimo necessário. Somos uma entidade civil, mas a ocupação nos rotula como terroristas e nos alveja.

A quantidade de caminhões de ajuda que chegam à Faixa não atende à necessidade requerida.