Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 162

Israel está discutindo com os EUA a possibilidade de empregar Empresas Militares Privadas (PMCs) internacionais para garantir a continuidade da guerra em Gaza. A medida surge em meio aos esforços de Biden para estabelecer um “ponto de entrada de ajuda humanitária” na região.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 162
“Israel bombardeia, os EUA pagam”. Estêncil visto em Los Angeles, Califórnia.

RESISTÊNCIA CONTRA FORÇAS ISRAELENSES: OPERAÇÕES DE HOJE

Em uma série coordenada de ações, grupos de resistência continuaram seus ataques contra forças dos Estados Unidos e Israel hoje. As operações envolveram diversas organizações, cada uma executando ações específicas.

A unidade de artilharia das Brigadas do Mártir Abu Ali Mustafa alvejou a base militar sionista de Nahal Oz, a leste de Gaza, com granadas de morteiro padrão de 60mm em resposta aos crimes da ocupação contra nosso povo.

Na região noroeste de Hamad, próximo a Khan Yunis, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa alvejaram um transporte de tropas militares israelenses (APC) com um dispositivo explosivo, seguido por um ataque com RPG.

Nos assentamentos ocupados na Faixa de Gaza, as Brigadas Mujahidin lançaram uma salva de foguetes. Além disso, uma concentração de veículos do exército israelense e soldados foi alvejada próximo à Rua 10, no sul da Cidade de Gaza, com foguetes de curto alcance.

O Hezbollah realizou uma série de ataques, incluindo o bombardeio do local de Al-Baghdadi com foguetes, atingindo-o diretamente. Também alvejaram os quartéis de Rameem e a base de Al-Malkiyah com foguetes e granadas de morteiro, respectivamente. Outras bases, como Al-Samaqa e Ramtha, também foram alvo de ataques.

EUA E ISRAEL CONSIDERAM EMPREGAR EMPRESAS PRIVADAS NA GUERRA EM GAZA

Autoridades dos Estados Unidos revelaram à NBC News que Israel está discutindo a possibilidade de empregar Empresas Militares Privadas (PMCs) internacionais para garantir a continuidade da guerra na Faixa de Gaza. A medida surge em meio aos esforços da administração Biden para estabelecer um ponto de entrada de ajuda humanitária na região, buscando assegurar a segurança dessas rotas.

Conforme noticia o Al Mayadeen, após lançar pelos ares uma quantidade mínima de ajuda humanitária por via aérea aos residentes de Gaza, os EUA anunciaram planos de estabelecer um cais temporário na costa do território palestino. O movimento foi interpretado como uma infiltração militar direta na região, provocando controvérsias sobre a abordagem dos EUA em relação à guerra genocida sionista.

O presidente Biden, em seu discurso no State of the Union em 7 de março, anunciou a iniciativa, afirmando que “nenhum soldado americano estará em solo” (“No US boots will be on the ground”). No entanto, relatos contraditórios de autoridades e ex-funcionários dos EUA sugerem que Israel já iniciou conversas com diversas empresas de segurança, sugerindo que outros países financiem o custo das PMCs.

Isso ocorre no contexto em que a cooperação e financiamento da a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), a maior organização internacional em Gaza, foram cortados pela administração Biden.

Ainda segundo a NBC, autoridades dos EUA e de Israel buscam empregar PMCs estrangeiras e, eventualmente, mercenários palestinos não afiliados à Resistência para “gerenciar” um dos métodos de entrega de ajuda mais incomuns da história recente.

Isso apesar do fato de um alto funcionário da administração Biden ter admitido à mídia americana que “as entregas terrestres continuam sendo a maneira mais eficiente de levar grandes quantidades de ajuda à Gaza”, com apenas Israel impedindo tais entregas.