Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 118

A Ministra das Relações Exteriores sul-africana, Naledi Pandor, denunciou diretamente as forças de ocupação israelenses, alegando que centenas de palestinos foram mortos nos últimos dias, apesar e em afronta à decisão da CIJ.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 118
A Ministra das Relações Exteriores sul-africana, Naledi Pandor, após uma sessão do Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, 26 de janeiro de 2024. Reprodução: AP.

RESISTÊNCIA CONTRA FORÇAS ISRAELENSES: OPERAÇÕES DE HOJE

Hoje, uma série coordenada de operações de resistência foi registrada, revelando uma notável ofensiva contra as forças dos Estados Unidos e de Israel. Grupos de resistência em diferentes regiões demonstraram uma escalada de tensões e confrontos, marcando a intensidade das hostilidades na área.

As Forças Armadas do Iêmen lançaram mísseis antinavio, atingindo um navio comercial britânico no Mar Vermelho, com destino aos portos israelenses. As Brigadas Al-Qassam realizaram diversas ações, incluindo a tomada de drones, ataques a soldados das IDF resultando em fatalidades e confrontos em diferentes localidades.

As Brigadas Al-Quds intensificaram os confrontos, atacando soldados das IDF em um apartamento na Cidade de Gaza e engajando-se em batalhas nas áreas oeste e sudoeste de Khan Yunis. As Brigadas Mujahidin bombardearam o quartel-general militar das IDF e a pista de pouso em Raim, enquanto as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa enfrentaram forças das IDF em vários pontos.

As Forças Al-Asifah bombardearam concentrações militares no bairro Al-Zaitoun, a leste da Cidade de Gaza, e as Forças do Mártir Omar Al-Qasim atacaram um veículo militar invasor perto de Khan Yunis. O Hezbollah mirou equipamentos de espionagem e locais estratégicos das IDF nas Fazendas Shebaa ocupadas.

A Resistência Islâmica no Iraque lançou drones suicidas contra o porto em Haifa, na Palestina Ocupada, e possivelmente bombardeou a base militar dos EUA no campo de petróleo Al-Omar, no leste da Síria, com 3 drones bomba.

Este resumo destaca a complexidade e intensidade das operações de resistência na região, representando uma resposta vigorosa contra as forças dos Estados Unidos e Israel. Observadores internacionais estão atentos aos desenvolvimentos, enquanto a situação continua a evoluir rapidamente.

ÁFRICA DO SUL ACUSA ISRAEL DE VIOLAR MEDIDAS DA CIJ PARA PROTEÇÃO DE CIVIS PALESTINOS

Em uma declaração contundente noticiada pelo Al Mayadeen, a África do Sul acusou Israel de desrespeitar uma das medidas impostas pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), que ordenava a ocupação israelense a proteger a vida de civis palestinos. A Ministra das Relações Exteriores sul-africana, Naledi Pandor, denunciou diretamente as forças de ocupação israelenses, alegando que centenas de palestinos foram mortos nos últimos dias, apesar e em afronta à decisão da CIJ.

“Não posso ser desonesta. Acredito que as decisões do tribunal foram ignoradas. Centenas de pessoas foram mortas nos últimos três ou quatro dias. E claramente, Israel acredita que tem licença para fazer o que quiser”, declarou Pandor em uma coletiva de imprensa em Pretória. Ela destacou paralelos entre Gaza e Ruanda, expressando preocupação com o silêncio global diante do crescente número de mortes palestinas.

Além disso, a ministra apontou discrepâncias no tratamento dado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) aos casos de Benjamin Netanyahu e Vladimir Putin. Pandor questionou o procurador do TPI sobre a aparente facilidade com que Putin foi acusado de crimes de guerra, enquanto Netanyahu foi absolvido. “Perguntei a ele por que pôde emitir um mandado de prisão para o Sr. Putin e não consegue fazer o mesmo para o primeiro-ministro de Israel. Ele não respondeu a essa pergunta, mas interpretei parte do que ele disse como indicativo de que as investigações ainda estão em andamento.”

A ministra revelou a intenção da África do Sul de apresentar mais medidas para deter a agressão israelense contra civis à comunidade global. Em uma declaração exclusiva ao portal de notícias, Pandor enfatizou a seriedade com que a CIJ está lidando com o caso movido por seu país e apelou à solidariedade de nações africanas, do Oriente Médio e do Sul Global para acompanhar o processo judicial.

Pandor conclamou a sociedade civil e os governos dessas regiões a unirem forças em solidariedade ao povo palestino, garantindo a busca coletiva deste caso. A África do Sul busca apoio internacional para assegurar que as medidas da CIJ sejam respeitadas e que a violência contra civis palestinos seja contida. A situação continua a evoluir, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos desta acusação da África do Sul contra Israel.

UNIVERSIDADE AL-AQSA, EM KHAN YUNIS, É DESTRUÍDA

Em um golpe devastador para a educação e cultura na Faixa de Gaza, a Universidade Al-Aqsa, em Khan Yunis, foi completamente destruída em um ataque das forças sionistas. Este ato brutal não apenas elimina uma instituição acadêmica vital, mas também representa um ataque direto à cultura e história palestina.

A universidade, que servia como um centro de aprendizado, pesquisa e preservação cultural, agora está reduzida a destroços. A investida israelense não poupa nenhum aspecto da vida em Gaza, mirando diretamente em jornalistas, professores, espaços seguros, crianças, escolas, artefatos culturais, crenças religiosas e arquivos históricos.

Este ataque faz parte de uma tentativa sistemática de aniquilar Gaza por completo, impactando não apenas a infraestrutura, mas também o tecido social e cultural da região. A destruição da Universidade Al-Aqsa é um golpe particularmente doloroso, pois era um símbolo de conhecimento e patrimônio para a comunidade local.