Atualização sobre a Operação Tempestade Al-Aqsa: dia 61

No mês passado, a Starbucks criticou o sindicato dos trabalhadores por postar “Solidariedade com a Palestina” nas redes sociais. A empresa é alvo de boicotes no mundo todo por financiar o genocídio em Gaza, além de desrespeitar os direitos trabalhistas.

Atualização sobre a Operação Tempestade Al-Aqsa: dia 61
Membros do sindicato dos funcionários da Starbucks em vigília durante audiência do Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões com Howard Schultz, fundador da empresa. Reprodução: APNews.

BOICOTAR FUNCIONA: STARBUCKS PERDE US$ 11 BILHÕES EM VALOR DE MERCADO DEVIDO A VENDAS PRECÁRIAS

Numa reviravolta tumultuada, a Starbucks Corporation, com sede em Seattle, sofreu uma perda impressionante de US$ 11 bilhões em valor, marcando uma queda de 9,4% que acionou alarmes nos corredores da empresa.

Essa reviravolta serve como testemunho do impacto tangível dos protestos globais generalizados contra marcas afiliadas à ocupação sionista. Pessoas ao redor do mundo começaram a boicotar a Starbucks, o McDonald'se outras empresas em meados de outubro, depois que o McDonald'sde Tel Aviv anunciou nas redes sociais que distribuiu milhares de refeições gratuitas para o exército sionista durante seus atentados à Faixa de Gaza.

No mês passado, a Starbuckscriticou o sindicato dos trabalhadores por postar “Solidariedade com a Palestina” nas redes sociais acima de uma imagem de um trator de demolição do da resistência palestina derrubando uma cerca, durante os ataques em 7 de outubro contra o estado sionista.

A empresa negou irregularidades nos cenários, mas enfrenta o desafio de manter sua reputação de marca em meio a questões globais polêmicas. Além disso, a empresa tem sido questionada e criticada por violar direitos trabalhistas em vários países. No Brasil, a empresa, que recentemente entrou com pedido de recuperação judicial e fechou uma série de lojas, está se recusando a pagar as rescisões contratuais à funcionários demitidos.

Starbucks, McDonald's, Nestlée outras marcas globais são acusadas de apoiar o exército sionista em seu genocídio contra Gaza, no qual mais de 16.000 palestinos, incluindo 6.000 crianças, foram mortos em 60 dias. Esse apoio sugere que cada pessoa carrega eticamente o peso da morte de uma alma humana por cada produto que consome dessas marcas.

MILHARES DE PALESTINOS SE DESLOCAM PARA RAFAH FORÇADAMENTE

Segundo informações da Redstream, dezenas de milhares de pessoas chegaram a Rafah, sendo forçadas a deixar suas casas devido à guerra implacável de Israel.

Com os abrigos na cidade de Rafah já ultrapassando sua capacidade, a maioria dos recém chegados se estabeleceu nas ruas e espaços vazios por toda a cidade. O exército israelense ordenou evacuações na área de Khan Younis, abrangendo cerca de 22% de toda a Faixa de Gaza.

Quase 1,9 milhão de pessoas em Gaza, ou quase 85% da população, foram deslocadas internamente. Quase 1,2 milhão desses deslocados internos estão em 156 instalações da UNRWA em toda Gaza. Alguns estão se abrigando em escolas públicas e hospitais, enquanto outros encontraram famílias dispostas a oferecer abrigo ou foram forçados a viver ao ar livre, expostos ao frio e à chuva.

Com a superlotação e as condições sanitárias precárias nos abrigos do sul, houve aumentos significativos em algumas doenças infecciosas e condições, como diarreia, infecções respiratórias agudas, infecções cutâneas e condições relacionadas à higiene, como piolhos. Também há relatos de surtos de doenças, incluindo potencialmente a hepatite A.

De acordo com a OMS, a intensificação das hostilidades em torno de Khan Younis “provavelmente impedirá milhares de acessarem cuidados de saúde – especialmente o acesso ao Complexo Médico Nasser e ao Hospital Europeu de Gaza, os dois principais hospitais no sul de Gaza – à medida que o número de feridos e doentes aumenta.”

CHEFE DE AJUDA HUMANITÁRIA DA ONU: 'NÃO HÁ UMA OPERAÇÃO EFETIVA NO SUL DE GAZA'

Durante uma coletiva de imprensa, Martin Griffiths salientou que o termo “operação humanitária” não se aplica à Gaza devido à intensidade dos ataques militares israelenses próximo à fronteira de Rafah com o Egito, o que tem dificultado uma resposta de ajuda abrangente.

“No momento, o que temos em Gaza... é, no melhor dos casos, ações humanitárias ocasionais”, afirmou ele, “tentando alcançar algumas pessoas em áreas ainda acessíveis, que não foram minadas ou destruídas, para fornecer alimentos, água ou outros suprimentos.”

“É uma abordagem errática, imprevisível e, francamente, não sustentável”, prosseguiu.

Griffiths assegurou que as operações de ajuda continuarão, mencionando algum progresso nas negociações para abrir a fronteira de Karem Abu Salem (Kerem Shalom) a fim de permitir uma entrega mais ampla de assistência.

No entanto, ele ressaltou: “O que não temos é qualquer clareza de planejamento, nenhuma visão do que ocorrerá amanhã e, para ser específico, nenhum de nós consegue prever como essa situação chegará a uma conclusão.”

NAVIO ISRAELENSE CAPTURADO É TRANSFORMADO EM ATRAÇÃO TURÍSTICA NO IEMEN

O movimento Ansarallah do Iêmen transformou o navio Galaxy Leader, de propriedade israelense e apreendido, em uma atração turística. As imagens que circulam nas redes sociais mostram dezenas de iemenitas aguardando na costa para embarcar no navio.

Na operação militar impressionante capturada em vídeo, envolvendo helicópteros, soldados e lanchas rápidas, o movimento Ansarallah assumiu o controle do navio em 20 de novembro. O bloqueio naval imposto devido à guerra de Israel contra Gaza está forçando o gabinete de guerra a manobrar embarcações da Ásia e do leste da África ao redor de todo o continente africano.

Yahya Saree, porta-voz das forças armadas iemenitas, anunciou oficialmente um bloqueio naval unilateral contra todos os navios israelenses no Mar Vermelho. Ele enfatizou que esses navios permanecerão como alvos até que Israel ponha fim à sua guerra contra Gaza.