'Análise sobre a Questão Judaica de Marx e uma crítica ao Genocídio Sionista perpetrado em Gaza contra o povo da Palestina' (Allan K.)

A política sionista que nada tem a ver com a religião judaica e o povo judeu está causando um genocídio-ocupação-colonização em cima do povo Palestino.

'Análise sobre a Questão Judaica de Marx e uma crítica ao Genocídio Sionista perpetrado em Gaza contra o povo da Palestina' (Allan K.)
Palestinos sentados do lado de fora de prédio destruído por ataques israelenses na cidade de Rafah, em Gaza - Hatem Ali/AP

Por Allan K. para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

Em A Questão Judaica, Marx faz uma crítica ao texto de Bruno Bauer, um filósofo idealista alemão e teólogo, que faz uma análise unilateral e pró-cristianismo, a religião que era e continua sendo usada de base do estado burguês imperialista ocidental. Em outras palavras, Bauer usa de argumentos cristãos para criticar os judeus, que no século XIX sofriam exacerbadamente vários ataques antissemitas, que estavam em voga muito antes do que aconteceu no período das décadas de 1930 e 1940.

Quando Marx fala para o judeu se emancipar, não é para se emancipar apenas como judeu, mas como um ser humano universal, independente de seu credo ou origem. Ou seja, todo mundo é um ser humano livre e que precisa de sua libertação contra qualquer tipo de exploração. E é aonde se encontra o X da Questão Judaica. Alguns aproveitadores descontextualizam "A Questão" para acusar Marx de racista, xenofóbico, antissemita, entre outros termos pejorativos e levianos sobre a persona de Karl Marx, que era inclusive de ascendência judia. Chega a ser uma tremenda desonestidade da parte de pessoas que se aproveitam de cortes bem picados e jogar ao vento o que Marx nunca escreveu. Só para fazer uma crítica, dando um exemplo sobre a questão da emancipação (geral, não apenas a Judaica), é o que hoje ocorre com o Estado de Israel a mando dos sionistas que são financiados pelo imperialismo norte-americano e a Otan. A política sionista que nada tem a ver com a religião judaica e o povo judeu, está causando um genocídio-ocupação-colonização em cima do povo Palestino, que também são um povo semita.

O que o Estado de Israel está praticando não seria antissemitismo?

E a propaganda de terror e xenofobia usada contra o povo palestino, acusando-os de serem criminosos, perigosos e terroristas?

O que isso significa? Não se encaixa perfeitamente ao antissemitismo?

Quando falamos de emancipação e liberdade, não é a emancipação para praticar crime de guerra e exploração em cima de outro povo.

Como que a destruição de uma nação poderia ser a emancipação de outro povo, como a que está acontecendo em Gaza e em cima da destruição dos povos palestinos?

Isso não é emancipação. Isso é colonialismo, uma doença gerada pelo vírus do fascismo.

Dentre vários significados encontrados sobre o fascismo, um que ajuda a definir o termo, mas que ainda não exprime tudo o que essa ideologia representa é, que o fascismo é uma ideologia política de filo europeu provinda da pequena e grande burguesia para explorar a classe menos abastada e utilizando-se de ideais nacionalistas, chauvinistas e sectaristas para impor política de colonização territorial aos povos originários, utilizando-se de métodos militares para reprimir um povo e aproveitando-se da classe explorada a fazer o serviço braçal forçado, enquanto a burguesia usufrui de todo o capital dessa exploração. Pode-se utilizar vários métodos de cunhos inescrupulosos, como o proselitismo religioso, que se mantêm uma classe que muitas vezes não possui estudo suficiente e caem na lógica fascista, sem ao menos perceberem que estão sendo controlados por essa ideologia.

Isso é apenas um resumo. Para definir o fascismo, precisamos de um trabalho gigantesco para apontar os ideais e as contradições que ocorrem no fascismo.

Assim dizendo, o fascismo é o produto principal utilizado pelo imperialismo, o estágio final do capitalismo escrito por Lenin.

E quando tratamos da emancipação que queremos, é o fim do terrorismo de estado de Israel, que comete genocídio em cima do povo palestino. Nenhum povo pode ser livre explorando e colonizando outro povo ou, indo muito além disso, dizimando outra nação, como o que está acontecendo na Palestina.

A emancipação que queremos e a que Marx escreveu e afirmou em A Questão Judaica e, não apenas para os judeus, mas para todos os seres humanos, é a emancipação do ser humano universal. Essa é a base Marxista-Leninista Comunista Internacional.

Palestina Livre e Soberana