'A inserção dos comunistas nos movimentos culturais de bairro' (Camarada Naga)
As batalhas de rima possuem uma forma com potencialidade revolucionária na medida que nelas o povo é o organizador, o criador e o destinatário do espetáculo e inexistem divisões do público entre os protagonistas que “sobem ao palco” e aqueles que são meramente espectadores passivos
Por Camarada Naga para Tribuna Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.
Introdução
Antes de mais nada gostaria de agradecer aos camaradas das bases às direções que nos últimos tempos vêm amadurecendo o reconhecimento da importância política do trabalho dos comunistas no âmbito cultural, tal como agradecer aos que têm incentivado e apoiado minhas contribuições, formulações e iniciativas para nossa inserção neste campo, demonstrando a coragem e disposição revolucionária de verdadeiros leninistas no momento de estimular nossos debates e iniciativas e de fazer avançar nosso trabalho político para construção de um partido de vanguarda. Também deixo avisado desde já que nesta formulação estou me debruçando especificamente sobre nossa inserção no movimento Hip-hop apenas da cidade de São Paulo, mas que, ainda assim, minha pretensão é que os acúmulos aqui formulados possam já abrir caminhos para pensarmos futuramente um planejamento a nível estadual e nacional.
Vamos ao que interessa!
De maneira bem resumida, a origem do Hip Hop possui raça e classe, nasce das denúncias da população negra das periferias dos grandes centros urbanos dos EUA e aos poucos se espalha para a massa oprimida do restante do mundo, cada lugar tendo a cultura incorporada por suas particularidades. No Brasil, semelhante aos EUA, a composição de gênero, raça e classe entre os artistas do meio, apesar do aumento do número de mulheres e de pessoas trans nos últimos anos, permanece sendo em sua maioria de homens cis negros (sempre tendo em vista a maior complexidade da questão racial no Brasil), entre 17 e 25 anos, frequentemente apenas com o ensino médio completo, quando muito cursando um curso técnico ou uma universidade de massas. Geralmente são jovens periféricos que se encontram em situação de informalidade ou desemprego e que possuem enormes dificuldades de tornar o trabalho no Hip Hop uma fonte de renda estável, por isso que, principalmente se tratando das batalhas de rima, muitos dos artistas que não “estouram” até certa idade vão aos poucos se afastando das batalhas e do trabalho na cultura e se inserindo como mão de obra reserva e precarizada no mercado de trabalho. Pouquíssimos MC’s e organizadores de batalhas inseridos no meio conseguem ter uma renda razoavelmente estável apenas com o trabalho na cultura, isso quando conseguem tirar algum dinheiro dessa atividade. Se tratando de MC's, muitos sofrem dificuldade para pagar o transporte que utilizam para ir semanalmente até as batalhas, sendo que frequentemente tem que dar “multa” no cobrador de ônibus (pedir para viajar sem pagar) ou pular a catraca do trem e do metrô. Algumas batalhas com mais estrutura dão prêmios, muitas vezes em dinheiro, ao MC vencedor ou mesmo pagam os artistas participantes quando eles realizam pockets shows ou, então, eventos a partir de investimento público (o que é mais raro). Em geral o valor das premiações é baixo e muitas vezes o pagamento recebido pela participação em eventos locais mal paga o transporte e a alimentação. A composição dos jovens inseridos no Hip Hop é quase exatamente a mesma composição da juventude que mais sofre com o desemprego, que ocupa os piores postos de trabalho e que mais é vítima da violência policial, da criminalização e do encarceramento.
Censura, criminalização e desinvestimento
No que diz respeito aos incentivos estatais fornecidos à cultura do Hip-hop em São Paulo, a situação de desinvestimento é ainda maior do que em outros setores da cultura. Os editais e programas de incentivo são problemáticos, escassos, muito periódicos e oferecem pouquíssimos recursos. Além do fato de que a minoria dos artistas do meio efetivamente tem conhecimento sobre confecção de Edital e produção cultural, sendo que o excesso de burocracia exigida visa justamente dificultar o acesso dos artistas aos recursos disponibilizados. Todas estas questões geram um cenário de dependência de parte dos artistas que não sabem produzir edital em relação àqueles que sabem, além de disputas, tensões e brigas intermináveis pelos recursos escassos, intensificando ainda mais a desunião entre os trabalhadores do meio.
A resolução destes problemas, corriqueiros à maioria das batalhas e coletivos existentes hoje, é complexa, passa por organizar a categoria de trabalhadoras e trabalhadores do Hip Hop em torno da luta pela derrubada do Arcabouço Fiscal, pela ampliação dos Editais direcionados para a Cultura Periférica, ao mesmo tempo que precisamos exigir a mudança do modelo de arrecadação de recursos públicos para a cultura, que hoje é movido pela lógica do “incentivo fiscal”, isto é, isentando impostos do setor privado e aumentando sua influência sobre a produção cultural. A nova Instrução Normativa da Lei Rouanet, por exemplo, aprovada em 2017, possibilitou que as empresas privadas, em troca do patrocínio, realizassem ações de marketing promovendo suas marcas durante a divulgação dos projetos culturais apoiados. Isto é indicativo de como a dependência do patrocínio da burguesia para a produção cultural, além de ter como objetivo aumentar seu lucro, é um modelo eficiente para reduzir os recursos públicos direcionados à produção cultural dos setores da classe trabalhadora ideologicamente mais avançados.
Outro fator extremamente relevante é que muitos artistas e a maior parte das batalhas sofrem ou já sofreram em algum momento problemas com violência policial e perseguição da justiça burguesa. É comum que a polícia tente destruir as batalhas alegando falta de autorização da prefeitura, perturbação da ordem e o incômodo dos vizinhos com o som alto. Também é comum que sejam inseridos P2 em meio às batalhas e que os organizadores sejam processados judicialmente, acusados de absurdos como formação de quadrilha, tráfico de ilícitos ou outras formas criativas de criminalização. Estes mecanismos de corte de recursos e criminalização servem aos propósitos da classe dominante como um duplo golpeamento; de um lado, o aumento da influência da iniciativa privada na cultura e o corte de recursos públicos operam como um mecanismo de censura contra a classe trabalhadora, de outro lado, sua cultura é diretamente censurada e reprimida pelo Estado burguês através da violência policial e da criminalização de seus organizadores e artistas.
Cultura Popular e protagonismo das massas
Precisamos urgentemente aprofundar nosso conhecimento sobre as potencialidades da inserção da agitação e propaganda comunista nos movimentos culturais dos bairros, compreendendo estes espaços como formadores de consciência da juventude periférica e territórios da classe trabalhadora de resistência à opressão burguesa. Isto porque, a população que move a cultura do Hip Hop de segunda a domingo nas grandes cidades com seus cinco elementos (DJ, MC, Break, o Graffiti e o conhecimento), se humaniza ao denunciar as condições de existência imposta pela burguesia sobre a classe trabalhadora e busca colocar sobre o domínio da juventude periférica as mesmas ruas onde são diariamente presos e mortos pelo terror organizado do Estado burguês, pois a ocuparem as ruas com sua cultura e lazer podem se proteger e tomar de volta do inimigo o domínio sobre seus próprios corpos e suas próprias vidas. É em meio ao cenário de guerra dos grandes centros urbanos que a batalha de rima deve, através da conscientização, formar espiritualmente suas guerreiras e guerreiros para a revolução, sendo capaz de agitar um estado de espírito nos artistas e no povo de verdadeira violência revolucionária. Essa deve ser a intenção das batalhas de sangue em uma perspectiva de emancipação da nossa classe, e não a meritocracia e a competitividade estimulados pela narrativa da indústria cultural e pelo individualismo da ideologia burguesa. O adversário não é nosso verdadeiro inimigo, a batalha é um treinamento (ou um ensaio). Ganhando ou perdendo uma batalha, o importante é que cada uma de nossas soldadas e soldados saiam dela mais fortes e mais conscientes para a verdadeira luta, para a guerra contra o verdadeiro inimigo, a classe burguesa.
Tendo tudo isso em vista, a potencialidade revolucionária do Hip Hop está, para além do seu conteúdo e sua composição de classe, na sua dinâmica e forma. Digo isto porque a essência das batalhas, mais especificamente, é ser um evento aberto nas ruas onde todos podem participar livremente, colocando suas visões de mundo, suas afirmações, opiniões e críticas sociais a toda coletividade. Principalmente as batalhas racionais, isto é, batalhas temáticas cujo tema a ser discutido pelos MC's é escolhido pelas massas, é um excelente espaço para que denúncias e polêmicas sejam discutidas e para que seja medido o nível de consciência em que a juventude trabalhadora se encontra. Portanto, as batalhas de rima possuem uma forma com potencialidade revolucionária na medida que nelas o povo é o organizador, o criador e o destinatário do espetáculo e inexistem divisões do público entre os protagonistas que “sobem ao palco” e aqueles que são meramente espectadores passivos. Pelo contrário, nas batalhas de Hip Hop os espectadores além de poderem participar como protagonistas, tão pouco são passivos, sendo eles definitivos na decisão de qual artista melhor representa a comunidade e definitivos na trajetória de formação desses artistas-guerreiros, pois acredita-se que é com a pressão das massas que se formam os diamantes.
Todas essas características fazem com que as batalhas de rima sejam uma forma artística autêntica das massas, semelhante a forma que camaradas da área da cultura, como, por exemplo, Augusto Boal, buscavam quando desenvolveram o Teatro do Oprimido, ou seja, uma forma capaz de romper com a lógica coercitiva da maior parte das manifestações culturais burguesas, possibilitando às massas protagonizar as necessárias transformações da sociedade. Por isso nossa inserção nesse setor da cultura pode ser tão eficiente para nos fazer avançar na profissionalização, massificação e proletarização de nossos espaços de formação política e de nossas políticas pedagógicas, tornando a teoria revolucionária mais acessível para amplas camadas da juventude trabalhadora, sem cairmos em rebaixamentos de nossa linha política. Tais características fazem do Hip Hop uma arma muito eficiente de libertação contra a burguesia, por isso é necessário disputar e lutar por seu potencial revolucionário!
Por onde começar: Criação de um Campeonato de Batalha Racional no Município de São Paulo
Minhas experiências nos últimos 2 anos buscando conhecer mais a fundo o movimento hip-hop da cidade de São Paulo me levaram a crer que o melhor meio para a União da Juventude Comunista planejar sua inserção na camada mais ideologicamente avançada da juventude trabalhadora da cultura, acelerando o processo de disputa pela hegemonia, é através da criação de um campeonato de batalha temática de freestyle no Munícipio de São Paulo, que tenha como objetivo unificar nossos trabalhos nos núcleos de bairro, durante todo primeiro semestre, pelos próximos anos, em torno de campanhas unificadas contra as políticas de segurança pública que favorecem a guerra às drogas; contra a criminalização e o encarceramento da juventude trabalhadora, negra e periférica; contra a criminalização da cultura popular e de seus artistas, especialmente do funk e do hip-hop; pela desconcentração dos bens culturais, isto é, pelo acesso da juventude trabalhadora a espaços de cultura e lazer nas periferias dos grandes centros urbanos, pela desmilitarização da polícia; contra a violência policial e o racismo reproduzidos e perpetrados pelo Estado Burguês, como ferramenta de manutenção da propriedade privada e do Capitalismo.
Defendo uma proposta como essa por compreender os avanços organizativos e políticos que ela pode trazer à totalidade de nosso trabalho enquanto partido, mais especialmente na juventude, colaborando para nos fazer avançar no processo de territorialização de nossos trabalhos de base nos bairros, fomentando nosso espírito de comunidade e ampliando nossa inserção nas massas, com a maior proletarização de nossa fileiras e expansão de um trabalho político qualificado na juventude trabalhadora para além do âmbito universitário, ainda que sem prejuízo (pelo contrário) à possibilidade de unificarmos estes trabalhos aos próprios trabalhos do MUP, para fazer avançar nosso programa nas mais diversas universidades através da construção de projetos de extensão popular no âmbito da cultura com aqueles estudantes que frequentemente se aproximam de nós de maneira espontânea (cursos de artes: artes cênicas, arte e curadoria, artes do corpo, audiovisual/multimeios, publicidade e propaganda) e do direito, ciência sociais e serviço social (estudantes e professores interessados nos estudos e lutas do abolicionismo penal e da criminologia cultural podem ser bons aproximados).
Luta anticolonial e territorialização
Visando aprofundar nosso processo de territorialização, minha proposta de construção de um Campeonato Municipal de Batalha Racional (temática) também parte de minha discordância com aqueles camaradas que acreditam que nossa inserção nos movimentos culturais deve começar por criarmos nos bairros batalhas próprias ou coletivos culturais próprios de nosso partido para a partir deles atrairmos a juventude periférica. Nosso movimento deve ser justamente o oposto, camaradas! Nós devemos ir até as camadas da juventude que já estão se organizando em torno da cultura e que já sabem fazer isso muito melhor do que nós e temos de aprender com elas, absorver seus métodos agitativos e organizativos, utilizar o movimento já existente para a inserção da nossa linha e para a promoção do avanço da consciência da juventude trabalhadora em uma classe para si. Só assim seremos capazes de captar as particularidades dos problemas e características de nosso povo e realmente construir um partido com inserção nas massas. Para vocês compreenderem melhor o que estou dizendo, no ano passado, em uma noite, em uma batalha do Centro, realizei uma pesquisa com 25 MC’s de diferentes regiões do município de São Paulo buscando fazer um mapeamento mais amplo das batalhas existentes pela cidade, só nessa noite eu mapeei 42 batalhas. Quando pedi aos entrevistados que estimassem o número de batalhas existentes pela cidade, que se organizam pelo menos quinzenalmente, as respostas variaram entre 300 e 1500 batalhas, desde as maiores e mais reconhecidas até as menores que às vezes nem possuem microfone e caixa de som. Por isso, camaradas, não cabe a nós criarmos mais 300 batalhas pela cidade, comprarmos mais 300 caixas de som e 600 microfones, mas sim captar o fluxo do movimento já existente, disputar sua consciência e conferir unidade a ele, e a melhor maneira de fazermos isso é através de um Campeonato Municipal de Batalha Racional, que seja também uma campanha unificada contra a violência policial e o encarceramento da juventude periférica.
Nesse sentido, outra questão imprescindível para pensarmos a inserção dos comunistas nas massas brasileiras e a disputa pela hegemonia, utilizando-se da cultura para o aprofundamento de nossa territorialização nos bairros periféricos dos grandes centros urbanos, é a questão colonial. Em nosso país, a cultura popular sempre esteve estreitamente relacionada à organização das formas de resistência da população negra escravizada e, posteriormente, da classe trabalhadora racializada e oprimida, submetida à exploração capitalista, à violência da polícia e aos quartos de despejo dos grandes centros urbanos. Os próprios quilombos, principal forma de resistência histórica da população escravizada no Brasil, podem ser compreendidos como pólos culturais de resistência negra e unidades territoriais paralelas ao poder do Estado escravocrata, que permitiram a produção e reprodução de formas alternativas de organização do poder e expressões culturais como a capoeira, que não é apenas dança, é luta criada para preparar o oprimido para a guerra contra o opressor, ou o Candamblé e a Ubanda, – construídos na resistência dos negros, um dos papéis da religião foi deixar oferendas pelos caminhos até os quilombos para orientar os escravizados fugidos, – e não à toa a energia espiritual do “terreiro” tem uma conexão fundamental com o território. Mais tarde, a periferia desenvolveu o samba, primeiramente com caráter extremamente combativo de denúncia à pobreza, o que o leva a ser criminalizado, até que enfim é absorvido pelas camadas médias e pequeno-burguesas. Posteriormente, durante o período da redemocratização, com o fim da censura, a expansão relativa do acesso da população aos bens culturais, e com as novas contradições trazidas pela democracia burguesa recém conquistada, o rap e o hip-hop chegam no país e são adaptados às particularidades da realidade brasileira. Para além de espaços para a poesia, os eventos culturais de hip-hop, que se espalham por todos os grandes centros urbanos, são batalhas, com potencial de denunciar a miséria e a opressão, conscientizar e preparar o oprimido para guerra contra seus opressores. Novamente verificamos o fenômeno de perseguição e criminalização destes espaços culturais, dessa vez promovido pelo Estado burguês.
Por isso camaradas, quando ouvirem a palavra “cultura” espero que vocês não pensem simplesmente em elaboração de “eventos” e “festas” e “danças” e “cantorias”, o que só demonstra a débil incompreensão de nossas fileiras sobre o sentido político de nossa inserção na cultura e sobre o que é cultura. Precisamos amadurecer o compreendimento de que falar sobre nosso planejamento e inserção na cultura é pensar as dinâmicas de poder que se estabelecem nos territórios urbanos e no campo em um país de capitalismo dependente com histórico de colonização, tal como pensar em como fortalecer os diversos povos oprimidos em seus territórios de forma que sua autonomia e autodeterminação seja respeitada e assim sejamos capazes de absorver as formas organizativas, expressões culturais e particularidades de todos os oprimidos de nosso país na disputa pela construção da hegemonia proletária. Finalmente, complementando minha linha de raciocínio, a identidade nacional brasileira vem de um imaginário muito recente, forjado artificialmente e aprofundado, especialmente, durante o período desenvolvimentista, como parte de um projeto das elites dominantes brasileiras de manter a unidade de um território de dimensão continental extremamente diverso, de fortalecer o projeto desenvolvimentista e a ficção de um só povo e um só Estado Nacional sob domínio da burguesia. Esta discussão é interessante porque aqui cabe ao movimento comunista brasileiro fazer uma autocrítica à sua atuação durante este período, em que uma compreensão etapista do desenvolvimento econômico fez com que apoiassem o projeto desenvolvimentista em aliança com setores da burguesia industrial, o que nos levou à abdicação de uma estratégia revolucionária e a assumir uma postura pequeno-burguesa, de um vanguardismo dirigista e elitista no campo da cultura, tendo artistas comunistas e aproximados do partido comunista, especialmente das camadas médias e pequeno burguesas, protagonizando de maneira mecânica e afastada das massas o processo de construção de uma identidade nacional que fosse capaz de dar cabo ao projeto desenvolvimentista.
Como funcionará nossa inserção territorial através da construção do Campeonato Municipal
De maneira bem simplificada e resumida, a organização de um campeonato de hip-hop lembra muito a organização de um Congresso. A nível municipal ele é dividido em 3 etapas: Etapa Local, Etapa Regional e Etapa Municipal.
1. Etapa Local:
a. A ideia é que analisemos quais são os núcleos de bairro com capacidade para organizarem o campeonato e quais são os territórios da cidade que temos como prioridade nossa inserção.
b. Em seguida, selecionamos batalhas já existentes nesses territórios e entramos em contato com os organizadores, convidando a batalha e explicando a proposta de nosso campeonato e o sentido político da construção de uma campanha unificada contra a violência policial e o encarceramento em massa. Exemplo: Fazemos uma batalha de oito MC’s, selecionando 4 batalhas na ZO, 4 na ZL, 4 na ZN e 4 na ZS. Total de Mc’s: 128.
c. Preparamos um calendário com as batalhas que toparem participar do campeonato, definindo o dia em que cada batalha de cada região irá recepcionar a etapa local de nosso campeonato e também já definindo a data das Etapas Regionais e da Etapa Municipal. Assim, entramos em contato direto com as batalhas que já se organizam semanalmente pela cidade de São Paulo e ainda aproveitamos a infraestrutura (caixa de som e microfone) que essas batalhas já possuem, reduzindo gastos com a construção dos eventos em cada local.
d. Conforme o exemplo, dos 128 artistas, os MC’s que ficarem em 1º e em 2º na Etapa Local passam para a Etapa Regional. Assim, 8 MC’s na ZO passam para a Etapa Regional, 8 MC’s na ZL, 8 na ZN e 8 na ZS. Total de MC’s: 32.
2. Etapa Regional:
a. Uma Batalha de cada região da cidade (ZO, ZL, ZN e ZS) ficará responsável por recepcionar a fase regional de nosso campeonato, que também consistirá em uma batalha de 8 Mc’s, com os finalistas das etapas locais de cada região. Por exemplo, podemos definir que na ZO a fase regional será realizada no Largo da Batalha e na ZN, será na Batalha Tucuruvi, assim aproveitamos a infraestrutura dessas batalhas também durante a etapa regional.
b. Os artistas que ficarem como 1º e 2º finalistas na etapa regional automaticamente passam para a Etapa Municipal, fase final do campeonato. Total de MC’s: 8.
3. Etapa municipal:
a. A etapa municipal necessita de um pouco mais de investimento em infraestrutura, especialmente para que consigamos um local com capacidade para receber todas as pessoas que irão participar e assistir o campeonato (nesse sentido as vezes é interessante pensar em um espaço público), por outro lado, também é uma excelente etapa para realização de políticas de finanças que incluam venda de comidas, bebidas e produtos. Nesta etapa competem os MC's vencedores de cada uma das regiões da cidade na grande final.
b. A ideia é que a organização de um ato seja acumulado à realização da fase final do campeonato, sendo a síntese de um trabalho que visa potencializar a organização da juventude trabalhadora, negra e periférica na luta contra a guerra às drogas, a violência policial e o encarceramento em massa, trazendo a perspectiva de que a superação definitiva desses problemas só virá com o triunfo da Revolução Socialista Brasileira, e que esta, por sua vez, depende do desenvolvimento do poder popular e da conquista da hegemonia proletária, ambas dependentes da construção de um Partido Comunista, marxista-leninista, com independência de classe.
Conexão com os trabalhos do MUP
Um dos objetivos da elaboração desse Campeonato Municipal de Batalha Racional é a avaliação de nossos núcleos de movimento estudantil para verificar a possibilidade de alguns deles colaborarem diretamente na construção do Campeonato, desenvolvendo extensões universitárias no âmbito cultural que terão como objetivo fortalecer a integração e os vínculos entre a União da Juventude Comunista e o Movimento por uma Universidade Popular e os trabalhos com a juventude periférica dos bairros. Estas extensões promoverão a conexão direta das universidades com as comunidades, permitindo que nossos militantes tenham maior contato com a realidade e as vivências da juventude trabalhadora, promovendo uma troca de conhecimentos e experiências enriquecedoras para ambos os lados, ao ampliar o escopo de nossa atuação nas universidades para além dos muros acadêmicos.
Vale comentar que esta proposta visa abrir caminhos para a consolidação prática da tática de construção de extensões populares que já está prevista pelo projeto do MUP, na busca pela construção de uma universidade comprometida com os interesses da classe trabalhadora, que possibilite, através do contato direto com as comunidades, que os estudantes envolvidos desenvolvam uma consciência crítica e uma compreensão mais profunda da realidade social, contribuindo para sua formação e para o aprofundamento do programa do MUP.
Ademais, a proposta oferece oportunidade tanto para os estudantes universitários quanto para a juventude periférica de se desenvolverem profissionalmente, tendo a chance de aplicar seus conhecimentos em projetos concretos. Também os jovens periféricos podem se beneficiar do acesso a recursos e expertise universitária, ampliando suas habilidades artísticas e culturais, além de terem suas vozes e expressões valorizadas e acesso direto aos territórios universitários para disputar o nosso projeto de Universidade Popular.
Fundamental mencionar que essas extensões terão como objetivo tanto a criação da identidade visual e dos materiais de campanha para a construção do Campeonato, quanto, nos demais momentos do ano, irá colaborar com a construção de eventos culturais dentro das universidades e das comunidades, também com a roteirização, produção, edição de videoclipes e construção de oficinas de produção de Editais lançados pela Secretaria de Cultura, tal como a produção de Editais de projetos encabeçados pelo próprio MUP em conjunto com as comunidades periféricas. Por fim, cumpre dizer que todos estes trabalhos buscarão potencializar o caráter combativo do movimento cultural das ruas para fazer avançar o desenvolvimento de sua consciência revolucionária, potencializando também o comprometimento do MUP com as demandas da juventude trabalhadora e proporcionando o aumento da influência da agitação e propaganda comunista nas comunidades e universidades.
Proposta
1. Em núcleos de ME onde houver como mediação tática planejamento para nossa inserção nos cursos de Direito, Ciências Sociais e Serviços Sociais com a presença de militantes e estudantes independentes destes cursos, deverão ser realizados eventos, debates e tarefas de circulismo para arrecadar recursos financeiros à construção do campeonato, ao mesmo tempo que aproximar os setores da academia simpáticos aos debates sobre Criminologia Crítica e Abolicionismo Penal de nossos trabalhos dos bairros, movimentando-se no sentido de consolidar os germes do que pode vir a ser uma extensão popular multidisciplinar que tenha como foco a advocacia popular relacionada a área penal.
2. Em núcleos de ME onde houver a presença de militantes e estudantes independentes aproximados vindos de cursos de Arte (audiovisual/multimeios, artes cênicas/artes do corpo, artes plásticas, etc.) ou de cursos relacionados a área de jornalismo e marketing, unificar estes militantes e estudantes independentes aos jovens trabalhadores ligados aos movimentos culturais, em uma força tarefa que será coordenada pela CR e terá como responsabilidades:
a. encabeçar a identidade visual da campanha e do campeonato
b. elaborar a agenda de publicações
c. produzir os designs, artes, flyers, panfletos da campanha e campeonato
d. realizar as filmagens e edições dos vídeos das batalhas em cada etapa do campeonato
e. administrar as páginas criadas nas redes sociais para a divulgação do campeonato, para publicação dos vídeos das batalhas e das falas políticas que forem ditas por nossos camaradas (Instagram, YouTube e TikTok)
f. Filmagem e edição dos vídeos
3. Para a realização desse planejamento será interessante pensar na criação de páginas próprias do Campeonato para sua agitação nas redes sociais. Essas páginas, no restante do tempo, poderão funcionar como meio de influenciar ideologicamente de maneira mais direcionada a juventude trabalhadora envolvida com o meio cultural, publicando notícias, artigos e entrevistas relacionados à temática cultural e à realidade de seus problemas e interesses. Nesse sentido, para conferir maior unidade a construção de nosso trabalhos, sugiro até mesmo que nosso Campeonato Municipal de Batalha Racional carregue o nome, ou se inspire no nome, do futuro jornal de nosso Partido.
Logística e finanças
A construção de um Campeonato Municipal de Batalha de Rima temática, com foco na luta da juventude trabalhadora e periférica contra a violência policial e o encarceramento em massa, pode colaborar para a profissionalização financeira e logística da União da Juventude Comunista de diversas maneiras.
Nesse sentido, um primeiro meio para fomentar nossa estruturação financeira é a própria captação de recursos com a atração de setores da universidade e da sociedade civil que sejam simpáticos a temática e aos objetivos do Campeonato, colaborando com recursos financeiros, materiais e logísticos para a organização, contribuindo para a sustentabilidade do Campeonato e fortalecendo a atuação da União da Juventude Comunista. Quanto a esse ponto, um evento como esse, que visa mobilizar a juventude contra a violência policial e o encarceramento em massa, tem o potencial de gerar grande visibilidade e engajamento da comunidade, especialmente da juventude periférica. Por isso, com a promoção do evento, um público amplo poderá ser alcançado, envolvendo diversos setores da sociedade, com a consequente ampliação de sua base e de sua capacidade de circulismo, por parte dos que visam demonstrar apoio e adesão às nossas propostas e ideias.
Na sequência, um segundo aspecto do avanço de nossa profissionalização financeira é a geração de receita por meio da possibilidade de realizarmos a venda de ingressos para a fase final do campeonato, mas também para planejarmos merchandising, venda de livros e roupas, alimentos e bebidas, entre outros. Tal arrecadação financeira será direcionada para a própria organização do Campeonato, mas também contribuirá para a sustentabilidade financeira da UJC e permitirá investimentos nas nossas demais atividades e projetos futuros.
Finalmente, um terceiro elemento que contribui à estruturação de nossas finanças é o fortalecimento de parcerias com outras batalhas, organizações e coletivos culturais, grupos de estudos acadêmicos etc., que têm interesse em nos apoiar na luta contra a violência policial e o encarceramento em massa. Essas parcerias podem ser valiosas não apenas para o evento em si, mas também para a construção de alianças e redes de apoio que fortalecem a atuação da organização em suas demais frentes de luta. Portanto, ao considerar esses aspectos, a construção do Campeonato Municipal de Batalha de Rima temática pode contribuir significativamente para a profissionalização financeira e logística da União da Juventude Comunista, fornecendo recursos, visibilidade, engajamento e parcerias que fortalecem a organização em sua atuação em prol da juventude trabalhadora e periférica.
Possíveis dúvidas sobre a proposta
1. Onde encontraremos estes artistas com disposição revolucionária para participar de nosso campeonato?
Muito simples, nas milhares de batalhas que já existem espalhadas pelo Estado de São Paulo. Quanto a disposição revolucionária dos artistas, a própria oportunidade de demonstrarem seus talentos e ideias, somada a pauta de campanha unificada contra a guerra às drogas, contra a violência policial e o encarceramento em massa da juventude periférica será suficiente para convencer diversas batalhas e artistas a participarem dessa iniciativa. Felizmente eu fiz um longo mapeamento colhendo o nome e as redes sociais de uma série de batalhas existentes no Estado. A partir da lista trazida podemos planejar quantas e quais batalhas seriam incluídas em uma primeira edição do campeonato a partir de uma avaliação científica de quais regiões são prioritárias e qual nossa capacidade organizativa.
2. E o custo da premiação?
Para além dos custos já mencionados deve haver no planejamento financeiro a inclusão de um valor de uns 4 a 8 mil reais de premiação ao grande campeão.
3. E as caixas e equipamentos de som?
De maneira geral, mesmo para as etapas municipais e estadual seria possível de conseguir esse tipo de infraestrutura com os próprios coletivos e batalhas que toparem somar na construção desse campeonato com a gente. Realmente acredito que muitas batalhas irão se dispor para nos ajudar por conta da campanha de denúncia e conscientização que o campeonato estará puxando. Inclusive, o Coletivo Therapia, que vem construindo trabalho conosco desde o evento “Cultura e Revolução”, com certeza teria interesse em nos ajudar nesse sentido.
4. Como ficará a questão da exteriorização de nossa linha política durante a construção do campeonato?
◦ Primeiro, a ideia é que todo o campeonato seja temático, visando não a rivalidade e a ofensa entre os artistas, mas sim o debate de ideias. Os temas da batalha serão elaborados e dados por nós mesmos que estaremos na organização do campeonato, pensando em como nós (comunistas) queremos direcionar os debates, instigar provocações e exteriorizar nossa linha durante todo o processo para influenciar nas reflexões trazidas pelos artistas.
◦ O campeonato criará gritos e palavras de ordens próprias, para serem cantadas em todas etapas, que dialoguem com a campanha contra a guerra às drogas, contra a violência policial, a criminalização e o encarceramento da juventude periférica.
◦ Em todas as etapas (local, regional e municipal) haverão camaradas realizando panfletagem para o público e para os artistas, dialogando com os jovens e denunciando às opressões do Estado burguês contra a classe trabalhadora, visando esclarecer para a juventude trabalhadora o sentido político da construção do nosso campeonato.
◦ Em todas as etapas (local, regional, municipal e estadual) haverão falas públicas de camaradas nossos visando politizar e agitar a juventude trabalhadora em torno das pautas que estaremos trazendo.
◦ Tanto a fase municipal quanto a fase estadual serão antecedidas pela construção de um ato construído pelos nossos militantes e pelos jovens trabalhadores contra a guerra às drogas, contra a violência policial, a criminalização e o encarceramento da juventude periférica, pela Revolução Socialista Brasileira e pelo fim de toda opressão da burguesia!
Mapeamento de Batalhas no Estado de São Paulo
Zona Oeste
1. Largo da Batalha @largodabatalhaoficial
2. Batalha do Terminal @batalhadoterminal_
3. Batalha de Pirituba @batalhadirituba
4. Batalha da Inácia @batalhadainacia
5. Batalha da Pista Perus @batalhadapistaperus
6. Batalha da Rubi @batalhadarubi
7. Batalha do Mini Ramp @batalhadominiramp
8. Batalha daz Arábia @batalhadazarabia
9. Batalha do Butatã @batalhadobutata
10. Batalha do CFC @batalhadocfc (Osasco)
Zona Leste
1. Batalha da Zil @batalhadazil2.0
2. Batalha da Leste @batalhadaleste
3. Batalha do Helena @abatalhadohelena
4. Resenha Central @resenhacentral
5. Batalha da Arte @batalhadaarte
6. Batalha da Teles @batalhadateles
7. Batalha dos Loko @batalhadosloko
8. Batalha da PX @batalhadapx
9. Batalha do Carrão @batalhadocarrao
10. Batalha da Juventude @batalha.da.juventudezl
11. Arena Flow @arenadoflow
12. Batalha do Cruzeiro @batalha_docruzeiro
Zona Norte
1. Batalha da Norte @batalhadabortesp
2. Batalha Tucuruvi @batalharucuruvi
3. Batalha do Senna @batalhadosennazn
4. Batalha da Fábrica @batalhadafabrica
5. Batalha do Wi-Fi @_batalhadowifi
6. Batalha do Jova @batalhadojova
7. Batalha da Santo @batalhadasanto
8. Batalha do Senna @batalhadosennazn
9. Batalha do Suco @batalhadosuco
10. Batalha da Brasilândia @batalhadabrasilandia
11. Batalha da Encruzilhada @batalhadaencruzilhada
Zona Sul
1. Grajaú Rap City @grajaurapcity
2. Valo das Batalhas @valodasbatalha
3. Projeto Mais Rap @projetomaisrap
4. Batalha do Verde @batalhadoverdezs
5. Batalha da Zona Sul @batalhadazonasul
6. Coliseu da Rima @coliseudarima
7. Batalha Cruz da Sul @batalha_cruzdasul
8. Batalha do Portal @batalhadoportal_
Centro
1. Batalha do Santa Cruz @batalhadosantacruz
2. Batalha do Ana Rosa @batalhadoanarosa
3. Batalha do Point @batalhadopoint
4. Batalha da Dominação @batalhadadominacao
5. Batalha da Sexta-Free @batalharacionalsextafree
Outras Regiões
1. Terça-Fire @tsp_tercafire - Taboão da Serra
2. Batalha de Campola - Campo Limpo Paulista
3. Apple Green @_applegreenn - Várzea Paulista
4. Batalha da Folha - Itapecerica da Serra
5. Cotia Tem Rap - Cotia
6. Coliseu da Rima - Embu das Artes
7. Batalha de rimas de Embu Guaçu - Embu Guaçu
8. Batalha da Aldeia - Barueri
9. Duelo Du Bronks - Jundiaí
10. Batalha de Konton - Itupeva
11. Batalha dos Estudantes - Guarulhos
12. Batalha da Matriz - Guarulhos
13. Nuclear Mcs - Guarulhos
14. Batalha do São João - Guarulhos
15. Batalha do Orobó - Guarulhos
16. Batalha do Inferninho - Guarulhos
17. Batalha da União @bduniao - Guarulhos
18. Arena Mc’s - Mogi das Cruzes
19. Resenha Central - Mogi das Cruzes
20. Batalha do Escadão - Suzano
21. Batalha das Pistas - Mauá
22. Batalha da Vila Luzita - Santo André
23. Batalha da Palavra - Santo André
24. Batalha Rudge - São Bernardo do Campo
25. Batalha da Área - São Bernardo do Campo
26. BNQ - Itapevi
27. Batalha do Terminal - Carapicuíba
28. Batalha da Pista - Indaiatuba
29. IndaiaBatalha - Indaiatuba
30. Batalha dos Bombers - Indaiatuba
31. Batalha da Hípica - Limeira
32. Batalha do Parafuso - Piracicaba
33. Batalha da Fé - Hortolândia
34. Batalha do pensamento - Rio das Pedras
35. Batalha do Parque - Santa Barbára d’Oeste
36. Batalha do CEU - Santa Barbára d’Oeste
37. Batalha Central - Piracicaba
38. Batalha do Império - Americana
39. Batalha do Cálice - Campinas
40. Batalha do Parque - Rio Claro
41. Batalha do Alvorecer - Monte Mor
42. Batalha na Arena - Batatais
43. Batalha dos Pombos - São Carlos
44. Batalha do Leoporace - Franca
45. Batalha da Torpedo - Araraquara
46. Boom Battle - Araraquara
47. Batalha da Fonte - Araraquara
48. Batalha da Fonte - Araraquara
49. Batalha da Alcateia - São Carlos
50. Sangue na 7 - Ribeirão Preto
51. Batalha Nova Era - Ribeirão Preto
52. Batalha da Art - Ribeirão Preto
53. BDL (Batalha da Lua) - Ribeirão Preto
54. Batalha do Rasi - Bauru
55. Batalha dos 13 - Bauru
56. Batalha do Chaos - Bauru
57. Batalha da Pista - Palmital
58. Batalha 014 - Botucatu
59. Batalha do Brejão - Taquarituba
60. Batalha da C.K.P - Botucatu
61. Batalha da Môntica - Presidente Prudente
62. Batalha do Vale - Presidente Prudente
63. Fruto Proibido - Presidente Prudente
64. Oficina de Freestyle - Presidente Prudente
65. Batalha do Céu - Penápolis
66. Batalha do Braile - São José do Rio Preto
67. Batalha da Pista 017 - São José do Rio Preto
68. Batalha da Matriz - Lucélia
69. Batalha da Matriz - Potirendaba
70. Batalha da Caveira - Araçatuba
Litoral
1. Batalha do Coreto - Ubatuba
2. Batalha do 27 - Bertioga
3. Batalha do Bowll - São Sebastião
4. Batalha do Deck - Caraguatatuba
5. Batalha da Ponte - Ilhabela
6. Batalha de B1 - Bertioga
7. Batalha da Flor - Registro
8. Batalha do Guaraú - Peruíbe
9. Batalha Da Ponte Pra Cá - Peruíbe
10. Batalha da Conselheiro - Santos
11. Batalha do Skinão - São Vicente
12. Batalha do Buda - Registro
13. Batalha do Mickey - Monguagá
14. Batalha do Rio - São Vicente
15. Batalha do Céu - Santos
16. Batalha Do Belas - Itanhaém
17. Batalha da Celeste - Praia Grande
18. Batalha do Mercado - Santos
19. Batalha 2h2p - Praia Grande
20. Batalha da Santa 013 - Santos
Vale do Paraíba
1. Batalha do Pasin - Pindamonhangaba
2. Batalha do Centro - Lorena
3. LIGA SJC - São José dos Campos
4. Batalha Danort - São José dos Campos
5. Pavilhão de Rimas - São José dos Campos
6. Batalha do Polly - São José dos Campos
7. Batalha da Amsterdã - São José dos Campos
8. Batalha do Bosque - São José dos Campos
9. Batalha da Montanha - Campos do Jordão
10. Predrada Taiada - Caçapava
11. Batalha da Exque - Paraibuna
12. Duelo de Rua - Taubaté
13. Batalha da 7 - Cruzeiro
14. Batalha dos Trilhos - Jacareí
15. Batalha das Capivaras - Votorantim
16. Batalha da Anchieta - Itapeva
17. Batalha da Rua 15 - Sorocaba
18. Batalha dos Hds - Sorocaba
19. Batalha do Extremo Leste - Sorocaba
20. Batalha do Cianê - Sorocaba
21. Batalha do Senna - Itapetininga
22. Batalha da Baixada 015 - Itapeva
23. Batalha do vtr - Sorocaba
24. Duelo dos Menor - Capão Bonito