'A independência comunicacional do PCB a teoria que precede a prática' (Satierf)
Analisando a conjuntura da Reconstrução Revolucionária, movimento visto pelo Comitê-Central do PCB como “fracionista”, logo começaremos a receber ataques deles. Na verdade já estamos, o CC articulou um ataque contra as nossas redes sociais.
Por Satierf para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.
Camaradas, há algum tempo eu penso sobre como iremos financiar o nosso movimento. Li o texto da camarada Mariana Pedroso, “Somente alguns trocados?”, e compartilho de sua visão de que é necessária uma educação financeira que se paute na materialidade brasileira e não no mundo mágico dos liberais; no qual se trabalha 14 horas por dia e o mercado mensal custa R$300. A camarada Mariana está certa em se preocupar com as finanças pessoais tanto quanto as partidárias. Entretanto, venho fazer uma pergunta mais profunda: o nosso movimento é independente?
Analisando a conjuntura da Reconstrução Revolucionária, movimento visto pelo Comitê-Central do PCB como “fracionista”, logo começaremos a receber ataques deles. Na verdade já estamos, o CC articulou um ataque contra as nossas redes sociais. Juridicamente, eles estão certos. A acusação tem respaldo legal e eles podem realmente derrubar as nossas redes. Se o CC conseguir essa façanha, vão nos desarticular, atrasar e possivelmente anular nossas demandas. Vale ressaltar que repudio mudarmos o nome do nosso partido para qualquer outra sigla para evitar o conflito. O Partido Comunista Brasileiro nasceu revolucionário e eles (o CC) desviaram ao academicismo e à conciliação de classes, o PCB-RR é o verdadeiro PCB.
Por isso, venho a vocês, camaradas, para que desde já nos articularmos como um movimento autossuficiente, capazes de nos organizar, de nos sustentar e de nos articular- mesmo antes do congresso. A independência vem em 3 pontos:
- Independência comunicacional interna: precisamos de nos comunicar por outros meios que não sejam o site “emdefesadocomunismo.com.br” e as redes sociais tradicionais. Isto não é de maneira alguma um ataque ao trabalho excepcional que temos desempenhados nesses lugares. A minha crítica é a unicidade desses meios. Podemos nos organizar através de canais de Telegram ou WhatsApp, através do Discord (conforme disse no meu texto 'Organização antes do Congresso'). Podemos fazer formulários para captar e-mails de nossos militantes e começar a redigir informativos.
- Independência comunicacional externa: minha visão do nosso movimento é a de que ele se concentra e se divulga no Instagram. Vejo os atos que realizamos como atos pontuais que são divulgados localmente. Por isso proponho que haja centralidade na propaganda e agitação do RR e uniformidade nas publicações das células. Para isso, proponho criar um Núcleo de Comunicação Comum (que seria responsável pela informação interna e pela divulgação externa) que criaria conteúdos em diversas mídias. Mas isso só é possível com o próximo passo:
- Independência financeira: nosso movimento sofre falta de verba, as pessoas físicas (nossos militantes) financiam os nossos atos. Não podemos depender somente disso, temos que ter uma maneira de nos financiar. E a que eu proponho é um apoia-se (site de financiamento coletivo) no qual a contribuição iria para a organização, produção e distribuição de conteúdo em diferentes meios midiáticos em troca de algumas recompensas (a serem definidas).
Aqui eu deixo a minha sugestão de organização sobre o Núcleo de Comunicação Comum (NCC):
- 1 Presidente(a); a quem cabe organizar e liderar o grupo.
- 1 Vice-presidente(a); a quem cabe suprir a falta do(a) presidente(a).
- 1 Secretário(a); a quem cabe fazer anotações oficiais do que é discutido em reuniões internas e apresentar tópicos;
- 1 Ouvidor(a); a quem cabe ouvir as críticas e sugestões externas e apresentá-las a(o) secretária(o).
- 1 Tesoureiro(a); a quem cabe contabilizar o crédito e os débitos do grupo;
- 5 criadores (as) de conteúdo; que criaram conteúdos internos e externos.
Numa estrutura de 10 membros, o NCC teria reuniões periodicamente para discutir estratégias e conteúdos a serem abordados por eles. Cada membro do Núcleo, independente do cargo, terá direito a um voto e as decisões serão feitas em conjunto. Em caso de empate, os articuladores do nosso movimento poderão votar.
Minha sugestão é que todos sejam remunerados pelo trabalho feito, entretanto precisamos saber se há alguém que gostaria de se voluntariar para iniciar isso e começarmos a discutir a práxis das sugestões e fazer as suas adaptações funcionais. Para isso, deixo meu Instagram (@ca.satierf) disponível para quem queira entrar em contato para discutir as propostas.
PS: de maneira alguma quero passar por cima de algum dirigente, de grupos administrativos, de células locais e de resoluções já aprovadas do nosso movimento que, por ignorância minha, eu desconheço. Muito menos me autopromover ou tomar protagonismo (de maneira pequeno burguesa) em cima dessas colocações. Estou sempre à disposição dos camaradas!
Paz entre Nós, guerra aos senhores! Venceremos!