30° edição do Grito dos Excluídos carrega um grito de socorro pela vida

Desde sua primeira edição, o Grito dos Excluídos busca dar voz aos povos oprimidos e questiona as dinâmicas do sistema capitalista, sendo fundamental na luta pela justiça social e pelos interesses da classe trabalhadora, que são constantemente ameaçados e atacados pela burguesia.

30° edição do Grito dos Excluídos carrega um grito de socorro pela vida
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Por Redação

O Grito dos Excluídos, que acontece anualmente desde 1995 no dia 7 de setembro, está indo para a sua 30° edição com o tema “Todas as formas de vida importam, mas, quem se importa?”, com o objetivo de fomentar a discussão acerca da crise climática, trazendo críticas à dinâmica do modo de produção capitalista e o completo descaso pela vida humana e meio ambiente, em prol do lucro e interesse da iniciativa privada.

Em meio a um momento de alta exploração dos recursos naturais, desastres ambientais e negligência governamental por todo o planeta, o tema deste ano não só destaca a defesa da vida humana, mas também dos biomas na interação entre sociedade e a fauna e flora.

Desde sua primeira edição, o Grito dos Excluídos busca dar voz aos povos oprimidos e questiona as dinâmicas do sistema capitalista, sendo fundamental na luta pela justiça social e pelos interesses da classe trabalhadora, que são constantemente ameaçados e atacados pela burguesia.

Nos últimos anos, a extrema-direita se popularizou no país e ocupou espaços na Câmara e Congresso, discutindo e aprovando projetos que buscam ceifar os direitos do povo e destruir o meio ambiente, a exemplo da PEC do Marco Temporal e a PL do estupro. Além disso, o Governo Lula-Alckmin evidencia um caráter conivente ao projeto neoliberal e reforça um pacto de esquecimento, relativo aos diversos crimes do comando das Forças Armadas sob o governo Bolsonaro, que se estenderam desde o enfrentamento da pandemia do Covid-19, com a morte de centenas de milhares de trabalhadores, até os atos golpistas em 8 de janeiro de 2023.

Em um cenário como este, e com a tradição dos desfiles cívico-militares no 7 de setembro, o Grito dos Excluídos representa uma contraposição e descontentamento do povo com a constante marginalização de minorias e desprezo pelos mais vulneráveis, destacando a importância da disputa nas ruas contra a extrema-direita, sem espaços para alianças ou vacilações na defesa dos interesses da classe trabalhadora contra qualquer forma de ataque burguês.