Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 314

Evidências indicam que a delegação sionista, sob ordens de Netanyahu, deliberadamente evitou um acordo. Alegar “lacunas” entre os dois lados é só insistência em obstruir uma solução.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 314

FPLP: DECLARAÇÃO TRILATERAL É MEDIDA PARA PROLONGAR A GUERRA

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) afirma que o conteúdo da declaração trilateral catari-americana-egípcia e o anúncio de que seu trabalho será concluído até o final da semana é um pretexto para a continuidade da obstrução e atraso pela ocupação sionista, o que significa a continuidade dos massacres e deslocamentos forçados como meio de pressionar nosso povo. A ocupação está tentando ganhar tempo para minar o acordo completamente.

Os mediadores devem trabalhar seriamente para alcançar um cessar-fogo abrangente, já que seu papel depende da capacidade de obrigar o Estado ocupante a interromper as operações militares durante o processo de negociação, para que as negociações não se tornem um tempo extra e um pretexto para o criminoso Netanyahu continuar sua guerra de genocídio contra o povo palestino.

Os EUA ainda apoiam a teimosia da ocupação e a insistência na continuidade do genocídio, e que buscam com essas negociações apenas proteger a ocupação e seus interesses, fornecendo cobertura total para o governo dos criminosos de guerra sionistas, o que levará a um aumento da tensão na região.

Todas as evidências indicam que a delegação sionista, sob as ordens do criminoso de guerra Netanyahu, deliberadamente colocou obstáculos para chegar a um acordo. A fala sobre “lacunas” entre os dois lados não é nada além de uma insistência sionista em obstruir uma solução, apesar dos mediadores confirmarem que o quadro do acordo é baseado na proposta de Biden, que a resistência concordou, e até a ocupação expressou inicialmente concordância, apenas para depois recuar.

O que está sendo referido como “lacunas” são meramente condições impostas por Netanyahu fora do quadro do acordo, como a continuidade da ocupação da Faixa de Gaza, seu cerco e a continuidade do genocídio sob diferentes nomes, o que nosso povo e resistência não podem aceitar.

As negociações não incluem um compromisso com o que foi acordado em 2 de julho de 2024, e negociar dessa forma apenas serve aos interesses da ocupação e de seu parceiro americano. A única maneira de provar a seriedade deste caminho de negociação é começar a implementar o que já foi acordado, garantindo uma retirada completa da Faixa de Gaza, o retorno dos deslocados e um plano urgente para reconstrução e alívio.

Qualquer reunião que não inclua mecanismos para implementar o acordo anterior e os princípios básicos nos quais ele se baseia, e que não imponha à ocupação o compromisso de parar sua guerra, é apenas uma perda de tempo e dá à ocupação mais cobertura e tempo para continuar seus crimes contra nosso povo.

O povo palestino não é obrigado a negociar com a ocupação para parar a guerra de genocídio, pois é responsabilidade da comunidade internacional parar os crimes da ocupação e punir os criminosos de guerra. No entanto, a resistência decidiu negociar para proteger nosso povo e aliviar seu sofrimento, e se as negociações se tornarem um pretexto para a continuidade dos crimes, elas devem parar imediatamente.

COMUNICADO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE EM GAZA

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à agressão sionista na Faixa de Gaza:

A ocupação israelense cometeu 3 novos massacres contra famílias em Gaza, resultando em 40 mártires e 107 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.

Um número considerável de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, e as equipes de ambulância e defesa civil não conseguem alcançá-las.

O total de mártires da agressão israelense subiu para 40.005 e 92.401 feridos desde o 7 de outubro.