Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 223

FPLP: CÂMARA DOS DEPUTADOS DOS EUA VOTA LEI QUE VETA SUSPENSÃO DO FINANCIAMENTO À OCUPAÇÃO SIONISTA

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) afirmou que a votação por maioria da Câmara dos Representantes americana num projeto de lei que impede o congelamento da ajuda a Israel reflete a insistência americana em apoiar crimes de guerra sionistas e confirma seu envolvimento direto no genocídio em Gaza.

Embora esta decisão seja simbólica e ainda esteja submetida à votação no Senado, ela indica que a camarilha das classes dominantes americanas, republicana ou democrata, insiste em apoiar a máquina de guerra sionista com mais meios de matança e destruição para que cometam massacres. Isto acontece especialmente porque o projeto de lei apela à aceleração da entrega de bombas pesadas a Israel dentro de poucos dias para apoiar a sua guerra genocida em curso.

A FPLP diz: “Embora esta decisão possa ser vista como um indicativo de divergências entre Republicanos e Democratas em meio à disputa eleitoral, reflete também uma disputa entre os dois partidos sobre quem está mais próximo e apoia mais o sionismo.”

A decisão do criminoso de guerra Biden de não enviar mais bombas pesadas para a entidade é apenas um passo tático sem significado para instar os líderes da ocupação a arquitetarem a guerra genocida em curso em Gaza de acordo com as instruções americanas, desde que já que o fluxo de remessas de armas para a entidade não parou até o momento.

DECLARAÇÃO DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO EM GAZA

A doca americana na costa de Gaza não satisfaz as necessidades alimentares do nosso povo palestino. Exigimos a abertura de passagens terrestres e a entrada imediata e urgente de ajuda e bens através delas.

A administração americana tenta embelezar sua terrível participação e parecer civilizada, estabelecendo uma doca ao largo da costa da Cidade de Gaza. Alegam que seu objetivo é fornecer ajuda humanitária e alimentos ao povo palestino na Faixa de Gaza, que está sujeito a políticas de fome, deslocamento forçado e genocídio levado a cabo pelo exército de ocupação, com participação ativa da administração americana.

Desde o início desta guerra genocida, os EUA continuaram a fornecer à ocupação mais de 200.000 foguetes e bombas, algumas pesando 2.000 libras de explosivos, utilizados pela ocupação para aniquilar bairros residenciais inteiros. Isto resultou em mais de 35 mil mártires, mais de 79 mil feridos e 10 mil desaparecidos.

Questionamos as intenções da administração americana, que gerencia e a perpetua a guerra genocida, atuando como testa de ferro da ocupação e continuando o seu apoio absoluto à guerra contra os civis. Opôs-se várias vezes à cessação desta guerra contra civis, crianças e mulheres, contra regiões residenciais, de infraestruturas e setores de serviços humanitários no Conselho de Segurança. Além disso, não exerceu pressão real sobre a ocupação para abrir as passagens e permitir a entrada de ajuda, mas, em vez disso, tem sido um obstáculo a quaisquer soluções para a catastrófica situação humanitária na Faixa de Gaza.

A doca não satisfaz as necessidades alimentares do nosso povo palestino. Em meio à política de fazer passar fome 2,4 milhões de pessoas em Gaza, incluindo 2 milhões de pessoas deslocadas que vivem de ajuda diária e necessitam de mais de 7 milhões de refeições diárias, o que irá fornecer não acabará com a fome nem cobrirá esta imensa necessidade do nosso povo. Em vez disso, dará à ocupação uma oportunidade de prolongar esta guerra sem fim.

Exigimos a abertura imediata e urgente das passagens terrestres e a entrada de diversas formas de ajuda e combustível através delas. Expressamos também a nossa profunda indignação com a introdução de soluções parciais, contornando soluções reais para a profunda crise humanitária na Faixa de Gaza que continua a afetar os civis com toda a dureza.

Consideramos a ocupação sionista e a administração americana totalmente responsáveis pela política deliberada e premeditada de fome e bloqueio contra o povo palestino em Gaza. Também os consideramos responsáveis pela continuação da guerra genocida e pela prática de crimes contra a humanidade, o direito internacional e os princípios globais dos direitos humanos.

Apelamos a todos os países aliados do mundo e às organizações internacionais e das Nações Unidas para que exerçam uma pressão real sobre a ocupação e a administração americana para que parem a guerra genocida, acabem com a agressão em curso contra a Faixa de Gaza e interrompam o fornecimento de armas usadas para matar civis, crianças e mulheres.