Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 203

Os funcionários da UNRWA são parte integrante da sociedade palestina que são afetados pelas condições políticas atuais, e é seu direito expressar suas opiniões políticas, pois são palestinos natos, e não há nenhum texto nos tratados internacionais que negue esse direito.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 203
Banner de doação veiculado pela UNRWA em seu site oficial. As doações à organização ganharam particular relevância após o boicote e desfinanciamento promovidos recentemente pelas potências ocidentais, sob provocação de Israel.

FPLP: RELATÓRIO SOBRE A UNRWA É TENDENCIOSO E ALINHADO COM A NARRATIVA SIONISTA

O Departamento de Assuntos de Refugiados e Direito de Retorno na Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) afirmou que o relatório da comissão independente presidida pela ex-ministra das Relações Exteriores francesa Catherine Colonna “afirma que a UNRWA enfrenta problemas relacionados à neutralidade” é tendencioso e alinhado com a narrativa sionista, e com tentativas de encerrar o trabalho da UNRWA e substituí-la por outras entidades internacionais.

Os funcionários da UNRWA, parte integrante da sociedade palestina, são afetados pelas condições políticas atuais. É seu direito expressar suas opiniões políticas, pois antes de serem funcionários, são palestinos natos, e não há nenhum texto nos tratados regulamentos internacionais que negue esse direito. A administração da UNRWA abriu espaço para a incitação sionista e seus aliados da ordem internacional ocidental contra os funcionários da UNRWA, fabricando e disseminando narrativas falsas. Colaborou também com a perseguição aos palestinos promovida por esta ex-ministra francesa, quando encontrou uma brecha na chamada “neutralidade”, que foi usada como uma espada pendente sobre as cabeças dos funcionários, uma oportunidade para interromper o financiamento à instituição internacional e impulsionar planos para substituí-la por outras organizações internacionais.

O chamado Princípio da Neutralidade é deslocado da realidade palestina, e não pode ser aplicado aos membros de uma sociedade que sofrem uma ocupação e agressão contínuas, que resiste por todos os meios e formas. Também não se pode considerar a resistência do povo palestino a essa ocupação e a defesa de sua existência e identidade como “ações hostis”, sendo que são legítimas.

O departamento da FPLP advertiu contra quaisquer movimentos suspeitos visando a alteração do quadro de palestinos, ou tentativas de substituir a UNRWA por outras instituições internacionais no caminho para o gradual fim do direito de retorno dos refugiados às suas terras de onde foram deslocados, afirmando que não há alternativa para a UNRWA até o retorno dos refugiados, e todas as tentativas de criar alternativas serão enfrentadas.

RELATÓRIO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE DO GOVERNO EM GAZA

Relatório estatístico periódico sobre o número de mártires e feridos devido à contínua agressão israelense na Faixa de Gaza:

A ocupação cometeu 4 massacres contra famílias na Faixa de Gaza, resultando em 32 mártires e 69 feridos que chegaram aos hospitais nas últimas 24 horas.

Um número de vítimas ainda está sob os escombros e nas ruas, inacessíveis pelas equipes de ambulância e defesa civil.

O saldo da agressão israelense subiu para 34.388 mártires e 77.437 feridos desde 7 de outubro do ano passado.

Ademais, com a interrupção dos serviços de saúde pública e a impossibilidade de testar a água potável, e a proibição da ocupação de entrada de cloro ou qualquer alternativa para tratamento da água potável através da cloração, todos os cidadãos da Faixa de Gaza estão consumindo água não segura, colocando suas vidas em risco.

Ministério da Saúde Palestino em Gaza

27 de abril de 2024