Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 199

Um relatório revelou que Israel nunca expressou preocupação com a lista anual de funcionários da UNRWA desde 2011. A revisão foi feita após Israel pedir pelo desincentivo financeiro em escala global à agência, sob acusação de que seus funcionários participaram dos ataques de 7 de outubro.

Atualização sobre a Tempestade Al-Aqsa: dia 199
Crianças palestinas no pátio de uma escola da UNRWA, em Sidon, Líbano, 12 de setembro de 2023. Reprodução: AP Photo / Mohammed Zaatari

FPLP CONDENA REPRESSÃO DAS UNIVERSIDADES DOS EUA E APOIA O MOVIMENTO ESTUDANTIL EM DEFESA DA PALESTINA

Enquanto continua a guerra de genocídio contra o povo palestino na Faixa de Gaza, e as práticas brutais perpetradas pelo exército de ocupação sionista em Jerusalém e na Cisjordânia, a administração estadunidense e das potências coloniais ocidentais, se demonstram caladas, coniventes e cúmplices. O exército da ocupação tem cometido massacres e crimes atrozes por quase 200 dias até o momento, em uma ofensiva sem precedentes na história humana.

Em um momento em que todos os defensores da paz no mundo estão ao lado do povo palestino em sua luta justa para recuperar seus direitos usurpados, a real face do racismo sionista se manifesta claramente.

Enquanto nossos estudantes nas universidades americanas buscavam apoio e solidariedade por parte das reitorias universitárias que priorizavam seus interesses, ganhos e investimentos sobre valores humanos nobres, as universidades tomaram medidas punitivas contra estudantes, professores e funcionários, ameaçando-os e chantageando-os, simplesmente porque apoiam o povo palestino e sua luta justa pela liberdade e dignidade. Estas administrações, que colocam seus interesses à frente à custa do sangue palestino e dos valores humanos, fazem coro com discursos de ódio contra árabes e muçulmanos, revogando licenças de organizações estudantis com a ilusão de que podem reprimir a luta de nossos estudantes nas universidades dentro dos Estados Unidos.

A Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), junto com todos os filhos de nosso povo, da nossa nação e do mundo, reafirmam o apoio constante à luta dos estudantes e dos movimentos de Juventude pela Justiça na Palestina e o Movimento Juvenil Palestino (PYM) em universidades como Columbia, Rutgers, Yale e Stanford. Chama-se pelo fortalecimento da unidade dos estudantes e sua luta para retirar os investimentos das universidades americanas da ocupação sionista e cortar todas as formas de relações com ela.

A FPLP valoriza a postura, ações e as lutas dos estudantes nas universidades americanas, e pede que intensifiquem sua luta contra as políticas agressivas e rejeitem a submissão às políticas parciais a favor da ocupação. Pede também que se cerrem fileiras e fortaleça-se a unidade entre os estudantes. Também valoriza profundamente as ações de solidariedade e de apoio à luta do povo palestino em diversas universidades ao redor do mundo, e a todos os aliados em defesa da liberdade, justiça e dignidade.

RELATÓRIO REVELA QUE ISRAEL NUNCA SE PREOCUPOU COM LISTA DE FUNCIONÁRIOS DA UNRWA

Um relatório independente sobre a neutralidade da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) revelou que Israel nunca expressou preocupação com a lista anual de funcionários da organização desde 2011. A revisão foi feita após Israel ter iniciado uma campanha de desincentivo financeiro em escala global à agência, sob acusação de que uma dúzia de seus funcionários participou dos ataques de 7 de outubro.

O relatório, divulgado na segunda-feira (22), enfatizou que a UNRWA possui procedimentos robustos para manter a neutralidade da ONU, mas identificou algumas lacunas na implementação, como casos de funcionários expressando opiniões políticas publicamente e no conteúdo de livros didáticos das escolas administradas pela agência, noticia a Associated Press (AP).

Entre 2017 e 2022, o número anual de alegações de violações de neutralidade na UNRWA variou de sete a cinquenta e cinco. Porém, entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2024, os investigadores da ONU receberam 151 alegações, a maioria relacionada a postagens em redes sociais feitas por fontes externas.

Uma seção do relatório abordou a neutralidade dos funcionários. O painel, liderado pela ex-ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, observou que a UNRWA compartilha listas de funcionários com os países anfitriões para seus 32.000 funcionários, incluindo aproximadamente 13.000 em Gaza. Israel, desde 2011, não fez quaisquer ressalvas ao corpo de funcionários da agência.

As alegações de Israel levaram à suspensão das contribuições para a UNRWA por parte dos Estados Unidos e de mais de uma dúzia de outros países. Isso representou um corte no valor de cerca de 450 milhões de dólares, de acordo com o relatório.

HEZBOLLAH LANÇA O MAIOR ATAQUE A ISRAEL DESDE 7 DE OUTUBRO

O Hezbollah lançou um ataque de drones contra bases israelenses ao norte da cidade de Akka, marcando o ataque mais intenso desde o início da guerra de Gaza.

O grupo libanês afirmou ter agido em retaliação por um ataque israelense anterior que matou um de seus combatentes. Diz o comunicado:

“Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso.

A permissão [para lutar] foi concedida àqueles que estão sendo combatidos, porque foram injustiçados. E, de fato, Allah é competente para lhes dar a vitória.

Esta é a verdade de Allah, o Altíssimo, o Todo-Poderoso.

Em apoio ao nosso bravo povo palestino na Faixa de Gaza, e em apoio à sua resistência corajosa e honrada, e em resposta à agressão “israelense” na cidade de Adloun e ao assassinato de um de nossos irmãos combatentes, os combatentes da Resistência, às 13h40 da terça-feira, 23/04/2024, lançaram um ataque aéreo combinado usando drones. O ataque teve como alvo o quartel-general da Brigada Golani e a Unidade Egoz 621 no Quartel Shraga, ao norte da cidade ocupada de Akka, atingindo seus alvos com precisão.

E a vitória vem somente de Allah, o Poderoso, o Sábio.”

Desde o 7 de outubro, houve trocas de tiros quase diárias na fronteira sul do Líbano, entre o Hezbollah e as forças sionistas. Ataques israelenses mataram cerca de 270 combatentes do Hezbollah, bem como cerca de 50 civis libaneses.